Na última terça-feira, o Ministério da Saúde comunicou que, após a identificação de uma endemia de sarampo no Pará, em fevereiro deste ano, o Brasil não poderá ser mais considerado livre da doença, perdendo o certificado de erradicação.
Em mensagem oficial enviada para a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a instituição relatou a ocorrência dos novos casos e informou que já está buscando maneiras de combater o avanço do sarampo no território brasileiro – por enquanto, há apenas ocorrências endêmicas, ou seja, que se concentram em uma determinada região.
Segundo o Ministério da Saúde, isso acontece devido às baixas taxas de vacinação. “Iniciamos a gestão, no atual governo, com taxas de imunização muito baixas. Elas atingiram um pico em 2003, mas, no geral, de lá para cá, caíram ano a ano até chegarem perto de 80% no ano passado. O patamar ideal é acima a 95%”, afirma o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Para evitar que a situação se agrave, serão feitas campanhas de vacinação nas áreas de risco, como Amazonas, Pará e Roraima. O governo pretende investir em propagandas de incentivo à imunização de crianças com menos de 5 anos, público mais vulnerável, e aumento da oferta da vacina. A ideia é obter novamente o certificado de erradicação até março de 2020.