A atriz e apresentadora Ana Furtado acredita que ter uma rede de apoio sólida foi fundamental para sua jornada como paciente oncológica. Na Casa Clã MAMA 2024, evento de CLAUDIA e Veja Saúde que aconteceu no dia 4 de outubro, ela falou sobre como passou a enxergar a relação com a vida após receber o diagnóstico de câncer de mama.
Ela dividiu sua história em uma conversa inspiradora ao lado da oncologista Debora Gagliato, mediada por Helena Galante, diretora de conteúdo de CLAUDIA e Boa Forma.
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“Minha vida estava perfeita e, de repente, carcinoma [tumor maligno]. Durante essa queda livre, meu marido segurou minha mão, me abraçou e nunca mais me soltou. A rede de apoio é fundamental”, conta Ana Furtado.
Curada do câncer há um ano, a apresentadora diz que uma das principais transformações que viveu durante o tratamento foi aprender a se colocar como centro das suas prioridades.
“Eu achava que era a Mulher-Maravilha, a que resolvia tudo. Percebi que eu deveria ser filtro e não esponja, porque não dá para a gente fazer tudo. Precisamos deixar de nos cobrar”, afirma.
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A exigência por perfeição também fez com que Ana demorasse para tornar público o diagnóstico: ela não queria sua história resumida ao câncer. Ainda assim, decidiu que precisava falar e passou a inspirar outras mulheres que também vivem essa jornada.
“Eu não queria ser apenas uma paciente saindo do consultório com o planejamento do tratamento, eu queria saber o que estava acontecendo comigo, como aqueles remédios atuariam nas minhas células, como eu ia evoluir. Nunca fui apenas uma paciente, sempre fui uma colaboradora dos meus médicos, e isso é muito importante”, conta.
Culpa e solidão costumam ser companheiras
A oncologista Debora Gagliato ressalta que, após o diagnóstico, é importante conscientizar a paciente de que ela não tem culpa por ter a doença e de que o tratamento não é uma sentença contra o seu bem-estar.
“A quimioterapia não pode ser vista como uma inimiga, ela é um importante avanço da tecnologia. No tratamento, a medicina é uma aliada e não está ali para fazê-la sofrer”, ressalta.
A especialista divide uma angústia comum experienciada por suas pacientes: a solidão pós-quimio. A ideia de que as dificuldades acabam com o fim do tratamento faz com que as pessoas acreditem que a paciente oncológica não precisa mais de ajuda.
“Depois do tratamento, essa mulher se sente muito desamparada, é nessa hora que precisamos reavivar essa rede de apoio. Esse apoio não pode findar quando acabar a quimioterapia”, afirma a oncologista.
“A rede de apoio também é um remédio tão potente quanto a quimioterapia”, destaca Ana Furtado, que atua como apoiadora do Instituto Protea, organização que auxilia mulheres de baixa renda a acessar o tratamento oncológico com agilidade. “Encontrei no Instituto Protea e em todos os meus movimentos uma forma de ser rede de apoio.”
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