Curada do câncer de mama há um ano, a atriz e apresentadora Ana Furtado acaba de lançar o livro Até nunca mais, onde narra como uma carta de despedida a jornada oncológica que começou em 2018, quando recebeu o diagnóstico.
Convidada da Casa Clã MAMA, evento de CLAUDIA e VEJA SAÚDE que aconteceu no dia 04 de outubro, ela conta como viu a vida mudar a partir da sua relação com a saúde.
“O câncer não apareceu na minha vida para me matar, mas para me salvar. Hoje sou uma pessoa transformada”, afirma.
A transformação passou a ser a palavra-chave quando Ana entendeu que precisava encarar a doença como uma mensageira e transformá-la em uma visita indesejada – a partir disso, ela ressignificou até mesmo a sua maneira de agir como paciente.
“Eu entendi que o câncer não seria meu inimigo, porque eu não daria esse poder a ele”, diz. “Eu acredito que essa doença nunca mais vai me encontrar, principalmente porque eu aprendi e mudei muitos hábitos com ela, e ela não está mais convidada a participar da minha vida.”
Ana conta que passar a viver um dia de cada vez foi seu principal aprendizado. “Defini que eu precisava ressignificar minha vida. E, me ressignificando, me coloquei no melhor lugar onde eu poderia estar, que é no protagonismo da minha vida”, afirma.
Cara a cara com o medo
Quando recebeu a confirmação de que estava com câncer, Ana relata que sentiu como se estivesse sendo engolida por um buraco sem fundo. Além do medo da morte, havia ainda o receio de que sua história fosse resumida à doença.
Hoje uma das principais vozes na missão de conscientizar sobre o assunto, tornar seu caso público nem sempre foi um desejo. “Eu imaginei que tudo o que eu tinha construído seria destruído ou resumido em uma palavra: câncer”, ela diz. “Quando você se coloca nesse lugar frágil, você entende qual é a sua maior potência.”
Ao se abrir e aproximar sua realidade a de tantas outras mulheres, Ana deu início a um movimento de identificação que passou a inspirar quem quer se aproxime da sua história.
“Ser famosa não me imunizou para um câncer. Quando contei, a coisa mais incrível foi a manifestação de várias mulheres que me diziam ‘que bom que você se abriu, porque assim eu sei que não estou sozinha’, porque o câncer é uma doença que te isola, que te impõe um monte de coisa ruim e a solidão é uma delas”, conta.
Ao pensar sobre a possibilidade de ter de confrontar a doença novamente, Ana diz que não tem medo e que essa segurança está atrelada ao que aprendeu durante a sua jornada de tratamento.
“Se, por acaso, esse diagnóstico voltar, tenho certeza de que vou descobrir logo no início, porque estar com seus exames em dia vale a vida. Se um dia essa ou qualquer outra doença chegar à minha vida de novo, eu não vou temer e, novamente, vou aprender muito com ela”, afirma.
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