O uso de anticoncepcional pode aumentar o risco de AVC
Foto: Getty Images
A entrada das mulheres no mercado de trabalho trouxe independência financeira e outras conquistas, mas no pacote acabou entrando também o estresse e a adoção de hábitos pouco saudáveis, como passar a semana à base de fast food. Esses hábitos, somados ao uso de anticoncepcionais, podem alterar o fluxo sanguíneo, aumentando os riscos de um acidente vascular cerebral. Segundo o Ministério da Saúde, o número de internações de pessoas entre 15 e 34 anos que tiveram AVC aumentou 21% entre 2007 e 2011. Siga os conselhos do cardiologista João Vicente e fique mais tranquila!
1 – Adote hábitos alimentares mais saudáveis.
2 – Pratique um exercício físico de que você goste.
3 – Controle o peso e a gordura abdominal.
4 – Mantenha a pressão arterial dentro dos limites.
5 – Evite o cigarro a qualquer custo.
6 – Faça check-ups anuais.
7 – Consulte um especialista para detectar se você é paciente de risco.
8 – Trate doenças que favoreçam o AVC, como diabetes.
9 – Curta sua família e seja feliz!
Tipos e causas
Um acidente vascular cerebral pode ser hemorrágico ou isquêmico, dependendo da causa. No AVC hemorrágico, geralmente o mais grave, a pressão alta acaba estourando uma das artérias da cabeça e provocando o estrago. Já no isquêmico, a passagem do sangue fica bloqueada por um coágulo sanguíneo ou uma placa de colesterol formada ao longo da vida. Com isso, o oxigênio não chega ao cérebro.
Sinais de alerta!
Conforme a artéria lesada, a pessoa pode apresentar…
– Dor de cabeça intensa
– Confusão mental (não saber quem é ou onde está)
– Agitação psicomotora (ficar gesticulando)
– Dificuldade de falar
– Perda de força nas pernas ou nos braços
Como agir
Se você perceber um desses sintomas, vá imediatamente ao hospital, porque a recuperação depende da rapidez do tratamento. E peça ajuda a quem estiver mais perto, para não correr o risco de perder a consciência ou os movimentos no meio do caminho. Também vale discar para o 192, telefone do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), criado para socorrer o paciente na ambulância e agilizar o atendimento na instituição pública conveniada, evitando que o quadro se agrave.
Foi derrame mesmo?
Exame físico, tomografia e ressonância magnética ajudam a identificar o tipo de AVC e até mesmo se é de fato um, já que meningite, encefalite, tumor cerebral e paralisia facial por virose costumam provocar os mesmos sintomas.
Novidade no tratamento
A primeira coisa que o médico faz em caso de derrame é controlar a pressão do paciente e cuidar dos fatores que podem piorar o quadro, como glicose alterada ou falta de oxigênio. Alguns casos exigem cirurgia. Após a alta, sessões de fisioterapia diminuem os riscos de sequelas permanentes. O tratamento do AVC isquêmico, porém, conta com uma novidade: se a pessoa chegar ao hospital em até quatro horas após o início do processo, pode tomar uma injeção de um medicamento que dissolve o coágulo, logo no pronto-socorro, sem precisar esperar a entrada na UTI.
Complicações
Dependem do tamanho e da localização da lesão, da agilidade do socorro e da existência de outras doenças. Dificuldade para falar e perda de força nos membros são as mais comuns.