Geralmente associado apenas ao sexo, o lubrificante íntimo não serve apenas para favorecer a penetração. Seja para reduzir os desconfortos causados por alterações hormonais ou para facilitar o uso de absorventes internos, o produto pode trazer mais conforto para o dia a dia das mulheres.
Patricia Varella, ginecologista e obstetra pela Universidade de São Paulo, a convite da Vagisil esclareceu as principais dúvidas femininas sobre o uso de lubrificantes íntimos.
1. Só serve para sexo
Mito – Engana-se quem pensa que a única função do produto é diminuir o atrito durante o ato sexual. Ele serve também para aumentar o conforto diário de mulheres que não possuem lubrificação natural.
2. Ajuda na menopausa
Verdade – As alterações hormonais que ocorrem durante a menopausa podem dificultar a produção de lubrificação natural da mulher. Alguns ginecologistas prescrevem o uso de cremes tópicos de estrogênio, mas eles possuem hormônios. Os lubrificantes, por sua vez, agem instantaneamente e não possuem nenhum hormônio.
3. Atrapalha a excitação da mulher
Mito – Uma pesquisa realizada na Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, descobriu que, quanto mais lubrificado, mesmo que artificialmente, melhor fica o sexo. O estudo apontou que as mulheres que utilizaram lubrificantes íntimos tiveram mais facilidade em chegar ao orgasmo. Patricia Varella explica que as mulheres costumam demorar mais tempo para sentir a excitação. Por isso, o uso de lubrificantes pode ser um aliado poderoso para melhorar a qualidade da relação sexual, uma vez que eleva o nível de estimulo.
4. É indispensável para o sexo anal
Verdade – O uso mais comum do lubrificante é como facilitador do sexo anal. E não é à toa. A ginecologista ressalta que o uso de lubrificante é essencial para o atrito não estrague a brincadeira e a penetração machuque. “Isso porque a área não é lubrificada naturalmente e a lubrificação da camisinha não é suficiente. Porém, é preciso atentar-se para o uso apenas de produtos à base de água, já que a região anal apresenta muito mais irritabilidade do que outras áreas íntimas”, aconselha.
5. Pode dar alergia
Verdade – A região vaginal é muito delicada e está suscetível a alergias quando exposta a produtos de baixa qualidade. Por isso, não se renda a produtos de sex shop de marcas duvidosas. É fundamental avaliar o rótulo com cautela. Segundo a especialista, o lubrificante deve ser testado ginecologicamente, hipoalergênico, sem álcool e sem bactericidas. Em casos de irritação o ideal é sempre procurar um ginecologista.
6. Todos os produtos são unissex
Mito – Existem marcas com produtos especialmente desenvolvidos para a região íntima da mulher. Eles levam em consideração as características especificas do corpo feminino, reduzindo as chances de alergia e potencializando o efeito.
7. O lubrificante pode ser usado com absorvente interno
Verdade – Algumas mulheres não conseguem usar absorvente interno. Uma das principais reclamações é sobre o desconforto das trocas, quando o absorvente anterior já absorveu a umidade natural da vagina. Neste caso, o lubrificante ajuda a minimizar o desconforto da troca. A ginecologista aconselha aplicar uma pequena quantidade de lubrificante na ponta do absorvente limpo antes de introduzi-lo.