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7 coisas sobre parar de menstruar que você precisa saber

A decisão é totalmente sua, pessoal e ninguém, além da sua médica, pode tomá-la por você.

Por Gabriela Kimura
Atualizado em 12 abr 2024, 15h16 - Publicado em 4 ago 2016, 05h28
pxhidalgo/Thinkstock/Getty Images (/)
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Às vezes, menstruar não é algo que você goste. Ou até mesmo é um processo doloroso demais, que afeta tantas partes do seu corpo que mal dá para nomear. Uma das alternativas, para quem quer usar anticoncepcionais, é interromper a menstruação. A prática consiste em escolher um método hormonal contínuo – ou seja, não dar as pausas – e reduzir a frequência, sendo possível também parar “de vez”. Ou pode ser parte de um tratamento para doenças que afetam a saúde da mulher, mas é bom você ter em mente alguns fatos importantes antes de tomar essa decisão.

1. Os motivos podem ser muito diferentes (e pessoais).

Isso parece óbvio, mas é muito mais rápido julgar alguém que toma essa decisão do que parece. “Por comodidade, porque simplesmente menstruar as incomoda ou porque têm algum problema de saúde como TPM, cólicas ou algo mais sério, como endometriose”, explica Bárbara Murayama, ginecologista e coordenadora da Clínica da Mulher do Hospital 9 de Julho.

2. Não é todo mundo que pode fazer isso.

Normalmente, as indicações são em casos específicos, que devem ser avaliados por um(a) profissional. Quem sofre com a endometriose, cistos e mioma por exemplo, podem se beneficiar do método. “Por serem medicamentos hormonais, é preciso avaliação médica, conhecer o histórico da mulher.”

Leia também: Conheça os métodos contraceptivos sem hormônios

3. Não significa que você não será saudável.

Para quem já faz uso de algum tipo de contraceptivo, não necessariamente. O que acontece durante as pausas é um sangramento, causado pela falta do hormônio, não uma menstruação legítima.

“Menstruar de maneira regular significa que a mulher está tendo ciclos ovulatórios. Quando prescrevemos métodos hormonais, passamos a controlar esses ciclos artificialmente, com as medicações que damos, e daí menstruar ou não é uma escolha da paciente e do médico”, afirma Bárbara.

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Juliana Mavalli
Juliana Mavalli ()

4. Tem, sim, efeitos colaterais.

Claro que o primeiro deles é a ~não-menstruação~, mas existem outros um pouco menos agradáveis que podem vir de brinde. “Os sintomas acontecem, geralmente, durante o período de adaptação e dependem dos hormônios usados, mas incluem enjoos, inchaço, dor de cabeça, acne, queda de cabelo e sangramento de escape, por exemplo.”

5. E pode levar de três a seis meses para estabilizar.

Seguindo a lógica do corpo humano, faz todo sentido o organismo precisar de um tempo para se adaptar a um novo momento – são hormônios no seu corpo, alterando o entendimento dele sobre o período menstrual (e ovulatório). “Qualquer método tem uma fase de adaptação que varia de 3 a 6 meses. Neste período é esperado que algumas pacientes tenham escape de sangue, dores de cabeça, inchaço, entre outros sintomas como. A escolha individualizada do método junto com a paciente pelo médico e a orientação detalhada sobre esses efeitos faz com que a mulher fique tranquila e passe por esse período mais tranquilamente”, alerta a ginecologista.

Ile Machado
Ile Machado ()

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6. A interrupção pode ser parte de um tratamento de endometriose.

No caso de mulheres que sofrem com a doença, a interrupção da menstruação pode fazer toda diferença no dia a dia. As células do endométrio começam a se fixar em outros locais além do útero, como ovários, trompas ou a superfície externa do útero e, ao responder aos estímulos hormonais, sangram. E isso leva às cólicas severas e outros sintomas próprios da doença, que “pioram” com a menstruação. Por isso o bloqueio pode fazer parte desse tratamento, que ajuda a diminuir o impacto na vida da mulher. “Quanto a fertilidade, em casos de endometriose, pode até ser uma maneira de ajudar na preservação”, pontua a médica.

7. Não dá para escolher o método sem exames e acompanhamento ginecológico.

Pode parecer que a gente sempre está batendo na mesma tecla, mas métodos hormonais contraceptivos devem sempre ser individuais. Algo que funciona para você pode não funcionar para a sua amiga, como bem pode levar quase à morte uma conhecida. Para evitar os riscos próprios dos métodos – e do uso indevido -, consulte um(a) médico(a) especialista, faça os exames que elx pedir e tire todas as suas dúvidas, sem medo.

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