O Ministério da Saúde começou a distribuir camisinhas femininas pelo Sistema Único de Saúde. O lado bom é que as mulheres podem assumir o comando naquela discussão difícil – e frequente – sobre usar ou não o preservativo na hora H (mesmo que todo mundo saiba que o certo é usar sempre, e fim de papo). O lado ruim é que nem todo mundo sabe ao certo como usar a camisinha feminina e como lidar com esse “corpo estranho” na vagina. Listamos 5 bons motivos para você dar uma chance ao preservativo cor-de-rosa.
1. Dupla proteção
Além da gravidez indesejada, o preservativo das mulheres é mais eficaz do que as camisinhas masculinas na prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis, como a hepatite B, a Sífilis e o HIV. No caso do HPV e da herpes, ela oferece maior proteção, por abranger uma área maior de contato genital, como os grandes lábios.
2. Menor perda de sensibilidade
Acabou a desculpa do “chupar bala com papel”. Ou quase. Segundo informações do Manual de Orientação em Anticoncepção da Febrasgo, o preservativo feminino é confortável tanto para o homem quanto para a mulher, fácil de remover e proporciona menor perda de sensibilidade que os preservativos masculinos.
3. Não precisa esfriar o clima
A gente sabe que é meio triste parar o agarra-agarra para procurar o preservativo. A camisinha feminina pode ser colocada até 8 horas antes da relação sexual sem nenhum prejuízo de eficácia. Sobre a “surpresa” do parceiro ao encontrar o preservativo cobrindo parte dos grandes lábios da vagina: bom, o preservativo masculino também não é nenhuma obra-prima estética.
4. O poder é seu
Quando a decisão de usar camisinha parte de você, dificilmente o parceiro vai “cancelar” a transa por causa disso. Agora, as chances de ter uma relação sexual com a proteção devida dobraram.
5. É fácil de colocar
Não tem mistério: a camisinha feminina deve ser colocada da mesma forma que um absorvente interno ou diafragma. Deitada, sentada ou com uma das pernas levantadas, é só dobrar a o anel que tem fundo e introduzir o máximo possível na vagina, explica Vera Fonseca, diretora administrativa da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). O lado que não tem fundo é o anel que fica do lado de fora da vagina. É por ali que o pênis vai entrar. Caso a mulher não se sinta segura, ela pode praticar a inserção apenas como um treino, sem ter relações naquele dia, orienta.
Se você vai usar, não esqueça que…
– A camisinha deve estar na vagina antes de qualquer contato físico mais quente. Entre 17 e 51,1 % das pessoas afirmaram que colocam o preservativo após o início da relação sexual, e isso invalida a função do preservativo.
– É preciso tomar cuidado com os objetos cortantes ou pontiagudos na hora de abrir o pacote. Entre 2,1 e 11,2% das pessoas afirmaram que abriram os preservativos com objetos cortantes ou com os dentes.
– Antes de transar, é importante conferir se a camisinha está em boas condições e dentro da data de validade. 82,7% das mulheres e 74,5% dos homens não verificaram o estado do preservativo antes do uso.
– Escolher bem o lubrificante é fundamental. Em 4,1% das relações sexuais, as pessoas afirmaram usar lubrificante à base de óleo, que, em contato com o látex, pode degradar o preservativo.