Manifesto político da redação de CLAUDIA
Uma carta aberta da redação para que possamos construir um lugar onde podemos ser por inteiro
Reunir referências inspiradoras para trocar experiências e colaborar com a criação de um futuro arrebatador.
Essa é a missão da CLAUDIA, que está intimamente ligada a valores fundamentais da democracia: a liberdade, a participação coletiva, o bem comum.
Até 1932, porém, nenhum deles contemplava plenamente as mulheres. O direito feminino ao voto completa apenas 90 anos — marco histórico que ainda deixava de fora grande parte da população negra e pobre.
No Brasil, só em 1985 quem não é alfabetizado passa a escolher seus representantes.
Deixar de excluir, aqui, é um desafio urgente.
As mulheres são mais de 52% do eleitorado, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, mas ocupam apenas 15% das cadeiras do Congresso Nacional.
O ranking internacional de participação das mulheres na política colocou o Brasil em 142o lugar, à frente apenas do Haiti na América Latina. É uma ratificação externa do que sentimos da pele para dentro.
Os últimos anos representaram um tormento cruel para as minorias: mais de 98% das candidatas negras sofreram violência política durante a disputa de 2020. Se é necessário sublinhar o óbvio, acreditamos, na CLAUDIA, que não há espaço para as práticas e ideias defendidas pelo atual presidente do Brasil.
É preciso acordar do pesadelo.
É apesar de tudo e em resposta à violência que mulheres de todas as idades, etnias, culturas, cores, identidades e orientações sexuais se levantam todos os dias dispostas a fazer política dentro e fora do poder público.
Política é substantivo feminino. Está em cada voto, em cada escolha diária, em cada projeto futuro que cultivamos hoje.
Que possamos construir um lugar onde podemos ser por inteiro. Que possamos sonhar o amanhã.