Neste 13 de maio, que marca a assinatura da Lei Áurea, em 1888, que, em teoria, aboliu o regime de escravidão no Brasil, é necessário salientar que a data não é motivo de comemoração. Apesar de sua importância histórica, ela não é representativa sobre a luta dos negros por liberdade (que já existia muito antes da famosa determinação) ao ter como protagonista uma membro da realeza, a Princesa Isabel; tampouco estabeleceu igualdade de direitos entre brancos e negros, que, mesmo com a suposta libertação, foram mantidos às margens da sociedade. Esse ainda é um caminho a ser percorrido e, para encurtá-lo, toda a sociedade precisa se engajar em posicionamentos antirracistas.
Umas frases mais conhecidas e citadas da filósofa americana Angela Davis, ícone do combate ao racismo, alerta que não basta as pessoas brancas não serem racistas, elas precisam ser antirracistas. O que ela sugere é que o simples ato de não ter atitudes claramente discriminatórias contra pessoas negras não é suficiente para encerrar a desigualdade racial. Além disso, o posicionamento da intelectual funciona como um convite para que a luta contra o racismo não fique restrita a homens e mulheres negras – todos têm um papel a cumprir, a começar por se posicionar.
Quando escutamos um comentário racista e nos calamos, por exemplo, estamos dando as mãos à opressão. Entender mais sobre o tema e como todas as mulheres podem contribuir é o primeiro passo para romper essa lógica. Nesse episódio do podcast Senta lá, CLAUDIA, a editora Letícia Paiva e a repórter Ana Carolina Pinheiro, da redação da revista, ouviram a escritora Cidinha da Silva e a jornalista Isabela Reis sobre atitudes antirracistas que podemos ter no dia a dia.
A dupla trata do tema de forma didática, por isso te convidamos a ouvir ainda que você ache que já sabe tudo sobre o assunto – com certeza, ainda tem mais! – ou caso ainda não tenha familiaridade.
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