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Novidades no caso Vitória Gabrielly: Ameaças à mãe e digitais no patins

Informações equivocadas estão atrapalhando as investigações do caso da adolescente encontrada morta após uma semana desaparecida

Por Da Redação
Atualizado em 22 jun 2018, 17h12 - Publicado em 22 jun 2018, 17h09
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  • A adolescente Vitória Gabrielly Guimarães Vaz, 12 anos, passou uma semana desaparecida até ser encontrada morta no município de Araçariguama, interior de São Paulo, no dia 16 de junho. Ela havia saído para andar de patins no dia 8 deste mês e não voltou para casa. Segundo a polícia, seu corpo foi encontrado em uma região de matagal perto a uma estrada de terra.

    O enterro aconteceu no dia 17 sem a presença da mãe Rosana Guimarães, que passou mal e não teve condições de se despedir. Porém, além de parentes e amigos, cerca de 2 mil pessoas participaram do velório e do enterro. O pai, Roberto Vaz, ajudou a carregar o caixão.

    Na quarta-feira (20), Rosana e Roberto, assim como testemunhas do desaparecimento, tiveram seus celulares apreendidos após o advogado Roberto Guastelli, que representa os pais da menina – os dois são separados –, avisar à polícia sobre mensagens suspeitas. No aparelho da mãe de Vitória Gabrielly, foram encontradas ameaças enviadas por mensagem de texto à Rosana desde o dia em que a filha desapareceu. Porém, concluiu-se que se tratava de trotes.

    A delegada Bruna Madureira, responsável pelas investigações, disse que essa mesma pessoa está envolvida em todos os casos de repercussão. “O cadastro desse telefone dá um nome X. Essa pessoa X vamos chamar de Zé. Todo crime de repercussão alguém faz uma denúncia dizendo que foi o Zé, ou usam um telefone no nome de Zé, como se ele estivesse envolvido no crime. Mas não é o Zé, é sempre alguém querendo incriminar o Zé”, explicou.

    Bruna lamentou ter precisado interromper as investigações sobre o crime para apurar uma ameaça sem relevância, tamanha a repercussão do caso. “Muito mais importante do que tudo isso é descobrir quem matou a menina e não quem está mandando essas mensagens. Isso não é relevante, mas diante de toda essa repercussão temos que parar de investigar o homicídio e explicar uma coisa que não tem nada a ver com o crime”, disse.

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    A identidade da pessoa que costuma passar esses trotes não foi divulgada. Além disso, a polícia não informou se serão tomadas providências, mas afirmou se tratar de uma pessoa “conhecida da polícia”.

    Avanço nas investigações

    O pedreiro Julio Cesar Lima Ergesse, 24 anos, confessou envolvimento no crime. No entanto, ele deu oito versões diferentes que não foram confirmadas pela investigação. Julio segue preso e a família de Vitória desconfia que ele tenha problemas mentais, podendo se tratar de outra pista errada.

    Uma perícia nos patins encontrados junto ao corpo da menina identificou duas impressões digitais. Elas agora serão encaminhadas ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil de São Paulo, responsável pelas investigações.

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    O advogado Jair Coneglian, defensor de um casal que chegou a ser considerado suspeito após acusação de Julio – porém liberado por ter um álibi -, confirmou a informação a VEJA e informou que seus clientes deixaram impressões digitais em uma delegacia de Sorocaba, em São Paulo, na segunda-feira (18). Eles também foram convocados a fornecer material genético ao Instituto Médico-Legal (IML) para comparação.

    Outros ataques à mãe

    “Como a polícia não tem uma resposta, as pessoas querem atacar a mim, querem atacar ao pai, atacar a madrasta. Não é por aí”, desabafou Rosana entrevista à Folha de São Paulo após revelar que estava recebendo mensagens de pessoas para elas assumir o crime.

    “Não acho justo querer jogar para cima da minha família, em mim agora. Eu tenho certeza de que isso não é vingança [como a polícia diz suspeitar]. Isso daí é, sei lá, talvez pegou [Vitória] por engano e depois teve que dar um jeito”, disse.

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    Rosana contou que a saída para andar de patins não fazia parte da rotina da menina, então não haveria como alguém planejar o crime. O advogado dos pais da menina diz que não havia sinais de violência sexual e que, possivelmente, a menina foi morta asfixiadas.

    * Com informações de VEJA.com e Folha de São Paulo

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