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Mães venezuelanas são assediadas para vender seus bebês em Roraima

Três mulheres denunciam que já ofereceram a elas entre R$ 200 e R$ 6 mil por cada criança

Por Da Redação
1 ago 2019, 11h41
Mãe venezuelana (Valery Sharifulin/)
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Mães e grávidas venezuelanas que fugiram de seu país para o Brasil denunciam casos de assédio de pessoas interessadas em comprar seus filhos em Roraima. O Ministério Público Federal e o Estadual têm recebido denúncias do tipo e a Polícia Federal investiga o caso. As informações são do G1.

De acordo com o portal, três mulheres denunciam que já ofereceram a elas entre R$ 200 e R$ 6 mil por cada criança. A prática é considerada crime pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com a pena podendo chegar a quatro anos de detenção e multa.

“Minha filha pensou que fosse uma brincadeira e disse ao venezuelano que R$ 200 era muito pouco. Então, ele ofereceu R$ 500. Ela ficou com medo e se afastou”, relatou uma mãe de 35 anos ao noticiário.

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Já uma outra vítima conta que recebeu a oferta de 2 mil reais para entregar sua neta enquanto pedia ajuda em frente a uma farmácia. Além do dinheiro, eles afirmavam que a mulher poderia visitar a criança.

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Em setembro de 2018, um homem de Bangladesh e uma brasileira foram presos em flagrante pela Polícia Federal tentando registrar a filha de uma venezuelana. O acordo foi de R$ 2 mil, segundo as autoridades.

Além do assédio para vender as crianças, foram registrados pela Assembleia Legislativa de Roraima, no primeiro semestre deste ano, seis casos de tráfico humano envolvendo vítimas venezuelanas.

A estimativa é que, atualmente, 32 mil venezuelanos vivam na capital do estado, Boa Vista, por ser a principal porta de entrada dos que cruzam a fronteira. Na cidade, há muitas famílias em situação de vulnerabilidade, morando nas ruas ou em imóveis abandonados.

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Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil é o quinto país que mais recebe venezuelanos refugiados. Por dia, 550 atravessam a fronteira do Brasil por Roraima e pelo menos 5% vão a Boa Vista, muitas vezes sem dinheiro e sem condições de se estabelecer no país, aumentando ainda mais a situação de vulnerabilidade e risco de tráfico humano.

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