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Conheça Txai Suruí, a indígena e única brasileira a discursar na COP26

A jovem de 24 anos, nascida em Rondônia, falou sobre a importância de incluir os povos originários no debate sobre as mudanças climáticas

Por Da Redação
3 nov 2021, 13h39
Txai Suruí, de apenas 24 anos, discursou na COP26
Txai Suruí, de apenas 24 anos, discursou na COP26 (Instagram/@walela/Reprodução)
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Txai Suruí, indígena e única brasileira a discursar na abertura oficial da Conferência da Cúpula do Clima (COP26), se tornou conhecida internacionalmente desde segunda-feira (1), quando expôs o avanço da mudança climática na Amazônia.

Walelasoetxeige Suruí (ou Txai Suruí), nascida dos Povos Suruí em Rondônia, de apenas 24 anos, é filha de Almir Suruí, 47, uma das lideranças mais conhecidas na luta contra o desmatamento na Amazônia.

Txai, que está no último semestre do curso de direito, foi a primeira do povo Suruí a fazer o curso na Universidade Federal de Rondônia (Unir). Antes mesmo de se formar, ela já trabalha na parte jurídica da Associação de Defesa Etnoambiental (Kanindé), instituição que defende a causa indígena em Rondônia.

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A jovem também fundou o Movimento da Juventude Indígena de Rondônia. Liderando o grupo, Txai já ficou a frente de atos pedindo a saída do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e denunciando o avanço da agropecuária na Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau, localizada em Rondônia.

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Txai participa de diversos manifestos em defesa dos povos indígenas. Um dos mais recentes ocorreu em agosto, quando indígenas de todo país ocuparam a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, contra o Marco Temporal, que dificulta a demarcação de terra e favorece atividades de garimpo.

“Aqui onde eu sou real ainda invadem nossas terras, atacam nossos direitos, ameaçam nossas vidas, envenenam nossa água e destroem nossa floresta”, escreveu em sua conta no Instagram em 9 de agosto. Txai utiliza suas redes sociais para denunciar as ameaças que os Povos Suruís sofrem em Rondônia.

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A jovem acredita que os indígenas têm as “ideias para adiar o fim do mundo”, em alusão ao livro de Ailton Krenak. Segundo a ativista, o equilíbrio está na relação saudável de seu povo com a natureza, sem degradações.

“Meu pai, o grande cacique Almir Suruí, me ensinou que devemos ouvir as estrelas, a lua, o vento, os animais e as árvores. Hoje o clima está esquentando, os animais estão desaparecendo, os rios estão morrendo, nossas plantações não florescem como antes. A Terra está falando, ela nos diz que não temos mais tempo”, disse no discurso da COP26.

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A jovem falou sobre os ensinamentos de seu pai, a importância de viver em harmonia com a natureza e relembrou a morte do indígena Ari Uru-Eu-Wau-Wau, que trabalhava registrando e denunciando extrações ilegais de madeira dentro da aldeia onde morava. Para Txai, ele “foi assassinado por proteger a natureza”.

EmGlasgow, Txai ressaltou ainda a necessidade de medidas urgentes para frear as mudanças climáticas e a importância dos povos indígenas na proteção da Amazônia.

 

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“Os povos indígenas estão na linha de frente da emergência climática, por isso devemos estar no centro das decisões que acontecem aqui”, disse ainda no discurso.

Txai foi a única representante brasileira a discursar na abertura oficial da conferência, que acontece até o dia 12 de novembro com lideranças de todo o mundo.

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