Mais detalhes da possível reação adversa desenvolvida por uma voluntária do Reino Unido dos testes da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford foram revelados nesta quarta-feira. A interrupção das pesquisas havia sido anunciada na terça-feira.
O motivo da suspensão dos estudos foi revelado pelo CEO da AstraZeneca, Pascal Soriot em teleconferência com investidores: uma mulher do Reino Unido teria apresentado sintomas neurológicos graves. A informação foi dada pelo portal Stat, que é especializado em saúde.
Segundo o executivo, os sintomas são semelhantes ao de mielite transversa, uma síndrome inflamatória grave e rara que afeta a medula espinhal e está sendo feita uma investigação para verificar se há relação com a vacina. Essa voluntária recebeu a dose do imunizante e, não, um placebo.
O diagnóstico não foi confirmado, e o estado de saúde de está melhorando, de acordo com a farmacêutica. Ela deverá ter alta ainda nesta quarta-feira. A síndrome, raramente desencadeada por vacinas, pode causar fraqueza muscular, paralisia, dor e problemas na bexiga.
Não é a primeira vez que os testes são interrompidos e paralisações não são raras, segundo a publicação. Em julho, isso já havia acontecido, após um paciente também ter desenvolvido sintomas neurológicos.
Segundo comunicado da AstraZeneca, um comitê de especialistas independentes vai determinar quando os testes poderão ser retomados. Mas, de acordo com o Financial Times, os estudos poderão ser retomados na próxima semana. No Brasil, os testes da vacina da da AstraZeneca são desenvolvidos em parceria com a FioCruz.