Taylor Swift faz apelo por remoção de estátuas “historicamente racistas”
Em um longo texto publicado em seu perfil oficial, a cantora se dirigiu À Comissão Histórica do Tennessee sobre dois monumentos
Taylor Swift é uma das celebridades que têm se mostrado ativa na defesa do movimento Black Lives Matter, que protesta contra a desigualdade racial no mundo. No Instagram, a cantora está desafiando o estado onde viveu por muitos anos, o Tennessee, a remover todas as estátuas públicas de “figuras históricas racistas” e “supremacistas brancas”.
Em uma publicação feita em seu perfil oficial, a cantora se dirigiu À Comissão Histórica do Tennessee em um longo texto pedindo que as organizações “considerem as implicações de quão doloroso seria continuar lutando por esses monumentos”. Na mensagem, Taylor pontuou que “quando você luta para honrar os racistas, mostra aos tennessianos negros e a todos os seus aliados seu posicionamento e continua esse ciclo de mágoa”. “Você não pode mudar a história, mas pode mudar isso”, escreveu ainda a norte-americana.
Then we get to this monstrosity. Nathan Bedford Forrest was a brutal slave trader and the first grand wizard of the Ku Klux Klan who, during the Civil War, massacred dozens of black Union soldiers in Memphis. https://t.co/n2DiEt9F3P
— Taylor Swift (@taylorswift13) June 12, 2020
Os monumentos citados pela artista de 30 anos são dois. Uma estátua representa Edward Carmack, “editor de jornal supremacista branco”, como ela própria descreve. A outra seria de Nathan Bedford Forrest, fundador e o primeiro grande líder do Ku Klux Klan, movimento fundado em Pulaski, no Tennessee, em 1865, após o final da Guerra de Secessão. “Precisamos alterar retroativamente o status das pessoas que perpetuaram os padrões hediondos de racismo de ‘heróis’ para ‘vilões'”, continuou ela, acrescentando: “E os vilões não merecem estátuas”.
A fala de Taylor se refere aos recentes protestos que aconteceram nos Estados Unidos e no Reino Unido, em que manifestantes derrubaram estátuas de figuras históricas controversas ao longo do mês de junho, mais recentemente em Boston, onde uma figura de Cristóvão Colombo foi decapitada.
Durante as manifestações, Sadiq Khan, prefeito de Londres, afirmou que vai retirar estátuas de escravagistas. Para levantar todas as informações necessárias, o político explicou que o trabalho será feito por uma comissão, responsável também por analisar nomes de ruas e edifícios. Assim, na próxima etapa, os mesmos poderão decidir quais personalidades realmente merecem ser homenageadas.
Seguindo o exemplo de Khan, Ralph Northam, governador do estado da Virgínia, nos Estados Unidos, anunciou que a estátua do oficial militar Robert E. Lee, depredada por manifestantes na semana passada, será retirada de vez. No Alabama, outro escravagista, o almirante confederado Raphael Semmes, também teve sua estátua removida.
Crítica a Donald Trump
Durante a onda de manifestações, no final de maio, Taylor Swift criticou o presidente norte-americano, Donald Trump, por ter ameaçado usar a força para conter os protestos em Minneapolis por causa da morte de George Floyd por um policial branco.
“Após inflamar a supremacia branca e o racismo durante todo o seu governo, você tem a coragem de fingir superioridade moral antes de ameaçar com violência?”, questionou a cantora em seu Twitter.
After stoking the fires of white supremacy and racism your entire presidency, you have the nerve to feign moral superiority before threatening violence? ‘When the looting starts the shooting starts’??? We will vote you out in November. @realdonaldtrump
— Taylor Swift (@taylorswift13) May 29, 2020