Tandara diz por que ainda é contra a presença de jogadoras trans no vôlei
"Não concordo" disse a jogadora sobre o tema embora tenha afirmado que respeita a decisão da Confederação Brasileira de Vôlei
Na quinta-feira (14) a atleta Tandara participou do podcast Oz Pod e mostrou que continua não concordando com a presença de mulheres transgênero no vôlei feminino. A jogadora está afastada dos jogos por conta da violação de uma regra antidoping desde o final das olimpíadas de Tóquio, como informa o UOL.
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Três anos atrás, ela já havia se posicionado contra Tifanny, primeira mulher trans que disputou a Superliga e joga atualmente no Osasco. O pensamento de 2018, da atleta é o mesmo e ela diz respeitar a opinião da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).
Apesar de achar que a presença da colega tira oportunidade de outras atletas que também são talentosas, Tandara diz ter respeito por Tifanny.
“Primeiramente, eu vou deixar bem claro que eu respeito a Tifanny, nós nos comunicamos, nós nos falamos sempre, eu tenho um respeito muito grande por ela, sabe? Eu sei das lutas dela como ser humano, enfim. Eu acredito muito que cada um tem que ocupar o seu espaço, mesmo, e tem que brigar por isso. Em 2018, eu dei uma entrevista, inclusive eu estava aqui em Osasco, quando eu disse que não concordava. E realmente essa minha opinião não muda, porque eu acredito de verdade que não seja justo”, afirmou.
Apesar da discordância, a esportista diz que está ansiosa para jogar com Tifanny. “Eu respeito, né? Então, assim, eu não concordo, porém, eu faço parte de um grupo em que tem a CBV como representante do voleibol e se eles, que são os órgãos importantes, eles autorizaram, eu tenho que respeitar essa opinião. Mesmo que eu não aceite, mesmo que eu não concorde, eu tenho que respeitar. E por isso eu respeito ela como ser humano e hoje, dando tudo certo, eu não vejo a hora da gente jogar junto. E é uma experiência que eu vou ter com ela, eu não tive isso antes”, declarou.
Apesar de ser contra mulheres trans em quadra, Tandara defende a permanência da colega. “Se autorizaram, já era, é o direito adquirido. Só que eu não concordo com outras trans entrarem no esporte, hoje, porque você vai tirar o espaço de uma outra jovem, que está crescendo e buscando isso”, diz.