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Seleção de futebol feminino da Austrália terá mesmo lucro que a masculina

Antes do acordo, o time masculino recebia uma parcela maior das receitas

Por Da Redação
Atualizado em 17 fev 2020, 11h51 - Publicado em 7 nov 2019, 12h54
 (Matildas/Reprodução)
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Um acordo histórico para o futebol feminino australiano foi feito na última quarta-feira (6). Agora, as jogadoras da seleção feminina receberão a mesma participação nos lucros que os jogadores recebem, segundo a CNN.

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O Acordo de Negociação é previsto para durar 4 anos e foi fechado entre a Federação de Futebol da Austrália (FFA) e o sindicato dos jogadores, Professional Footballers Australia (PFA). Com ele, o time feminino Westfield Matildas e o masculino Caltex Socceroos passam a compartilhar uma divisão igual de todas as receitas comerciais. Antes do acordo, o Caltex recebia uma parcela maior das receitas e, consequentemente, mais dinheiro para jogar.

O presidente da FFA Chris Nikou informou a novidade por meio de um comunicado oficial. “O futebol é o jogo para todos, e este novo CBA é outro grande passo para garantir que vivamos os valores de igualdade, inclusão e oportunidade”. 

“Como jogadora de futebol feminino, é o que sempre sonhamos. Sempre quisemos ser tratadas da mesma forma”, disse a meio campo do Matildas, Elise Kellond-Knight, em uma entrevista coletiva.

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Além do reajuste financeiro, a negociação inclui também a revisão da política de licença-maternidade a fim de garantir que as jogadoras sejam apoiadas durante a gravidez e seu retorno ao campo. 

Entretanto, a diferença salarial continua em relação ao pagamento da Copa do Mundo, já que os prêmios desse torneios varia drasticamente. No caso do torneio feminina, em 2019, o pagamento foi de US $ 30 milhões. Já no masculino, do ano anterior, o valor foi de US $ 400 milhões.

Diferença salarial entre mulheres e homens no futebol

O cenário de diferença não é tão diferente aqui no Brasil. Nos grandes clubes, os homens recebem cerca de 118% a mais que as mulheres. Além dos baixos salários, algumas jogadoras não tem registro profissional e menos de 10% dos clubes assinam as carteiras das atletas. A equipe de futebol feminino dos Estados Unidos entrou com uma ação por discriminação de gênero em março deste ano, contra a Federação de Futebol dos EUA.

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Elas alegaram que os pagamentos da US Soccer eram discriminatórios porque os homens recebiam bem mais que as mulheres. “Pelo trabalho substancialmente igual e negando a elas pelo menos igualdade de jogo, treinamento, e condições de viagem; promoção igual de seus jogos; suporte e desenvolvimento iguais para seus jogos “.

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