Seiko Hashimoto pode assumir o comando dos Jogos de Tóquio
A escolha da ministra como presidente do Comitê é vista como uma resposta necessária às falas sexistas do ex-presidente Yoshiro Mori
Com a saída de Yoshiro Mori, de 83 anos, do Comitê Organizador Tóquio-2020, que proferiu ofensas sexistas na última semana, o cargo de presidente do Comitê pode ser ocupado por uma mulher. De acordo com o canal de televisão público NHK, a atual ministra japonesa dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, Seiko Hashimoto, de 56 anos, deve ser a substituta de Mori.
No início do mês, Mori se desculpou publicamente após declaração de que mulheres “falam demais”. A repercussão da ofensa levou a autoridade a renunciar do cargo. ““Minha declaração provocou muito caos. Desejo renunciar como presidente a partir de hoje. Vou renunciar ao cargo de presidente do comitê”, disse o ex-presidente e ex-ministro do Japão.
Com um número igual de mulheres e homens, um comitê foi criado para escolher a pessoa que comandaria o comitê. Na próxima quinta-feira, acontecerá a terceira reunião do grupo, em que o convite será formalizado a Seiko.
A proximidade de Seiko, que tem sete Jogos Olímpicos no trajetória como ciclista e patinadora, com o universo do esporte foi vista como resposta às falas sexistas do ex-presidente. Assim, a organização dos jogos remediou a crise provocada por Mori.
Entretanto, a imprensa local revela que a candidata não demonstra tanto interesse pela oportunidade, já que a abertura dos Jogos acontecerá em apenas cinco meses. Por isso, para parte dos jornalistas, a disputa ainda está aberta. Yasuhiro Yamashita, presidente do Comitê Olímpico Japonês, e Mikako Kotani, diretora esportiva de Tóquio-2020, são outros nomes apontados como candidatas para o cargo.