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Sedativo e soda cáustica: delegada dá detalhes sobre morte de Bernardo

Caroline Virgínia Machado, que presidiu o inquérito do caso, relatou ao longo de quase quatro horas e meia detalhes de alguns depoimentos

Por Da Redação
Atualizado em 18 fev 2020, 10h46 - Publicado em 12 mar 2019, 18h48
 (Reprodução/Facebook)
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Foi iniciado na última segunda-feira (11), em Três Passos, no Rio Grande do Sul, o primeiro dia de júri popular dos quatro acusados pelo assassinato do menino Bernardo Boldrini, de 11 anos, em 4 de abril de 2014. 

São  julgados Leandro Boldrini, pai de Bernardo, Graciele Ugoline, madrasta, Edelvânia Wirganowicz, amiga de Graciele, e Evandro Wirganowicz, irmão de Edivânia. Todos eles se dizem inocentes.

A primeira testemunha a ser ouvida foi a delegada Caroline Virgínia Machado, que presidiu o inquérito do caso. Caroline relatou ao longo de quase quatro horas e meia detalhes de alguns depoimentos colhidos ao durante os trabalhos. Segundo ela, o que causou a morte de Bernardo foi a grande quantidade do medicamento Midalozam, encontrado em seu fígado, rins e estômago. Em excesso, o sedativo pode tirar a capacidade respiratória do organismo.

Provavelmente o medicamento foi aplicado por injeções e também ingerido via oral. O medicamento foi comprado por em uma farmácia por Graciele e Edelvânia.

O corpo de Bernardo foi jogado em uma vala e recebeu soda cáustica antes de o buraco ser fechado. Imagens de câmeras e cupons fiscais provam que Graciele e Edelvânia foram vistas comprando uma pá e a soda cáustica dois dias antes do crime. Para a delegada, o mais provável é que as duas não conseguiram abrir a vala sozinhas e pediram a ajuda de Evandro.

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O carro de Evandro também foi visto próximo ao local do crime. Ele disse que havia ido pescar no lago da região. Graciele, por sua vez, ao ser questionada, diz que foi até a cidade de Frederico Westphalen – local do crime – para comprar uma televisão. Bernardo foi visto no banco de trás de sua caminhonete por um policial da região.

A segunda testemunha ouvida comentou sobre o comportamento estranho do pai da vítima. Segundo a delegada Cristiane Moura, Leandro não interrompeu sua agenda de cirurgias nos dias seguintes ao desaparecimento do filho. Segundo um colega de trabalho, ele chegou ao centro cirúrgico assoviando e não demonstrou muita tristeza.

As duas testemunhas afirmam que Edelvânia teria recebido R$ 90 mil pela ajuda no crime e ocultação do corpo. Ela utilizou o dinheiro para comprar um apartamento e tentou esconder o contrato de compra e venda da polícia durante uma busca em sua residência.

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No primeiro dia de julgamento foram ouvidas apenas 2 testemunhas. Os depoimentos foram retomados nesta terça-feira às 9h.

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