O ciclone Idai atingiu a cidade portuária da Beira com ventos de até 170 km/h, na quinta-feira (14). Depois disso ele foi em direção ao interior do continente, passando pelo Zimbábue e Malaui, deixando populações inundadas e devastando casas.
Segundo o ministro de meio ambiente de Moçambique, Celso Correia, o número de mortos no país já está em 446. Além disso, 531 mil pessoas foram afetadas, sendo 110 mil delas moradoras da região de campo.
A tempestade também matou 259 pessoas no Zimbábue e 56 pessoas no Malaui, devido às fortes chuvas que ocorreram antes do ciclone. Totalizando foram 761 pessoas mortas pelo fenômeno da natureza.
O ciclone Ida já é considerado a pior tempestade tropical a atingir a região nas últimas décadas. Grupos humanitários estão tendo dificuldades para chegar ao sobreviventes isoladas em áreas remotas do país.
A Embaixada do Brasil em Maputo, capital moçambicana, informou que cerca de 300 brasileiros vivem nas províncias de Sofala e Manica, as mais atingidas pelo ciclone. Segundo o Itamaraty, todos estão a salvo.
A Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou, na quarta-feira (20), uma ajuda de US$ 20 milhões (cerca de R$ 75 milhões) para ajudar as vítimas do Idai. Além disso, a União Europeia também anunciou apoio de 3,5 milhões de euros (cerca de R$ 16 milhões) para os três países afetados pelo ciclone.
Outras organizações internacionais e entidades filantrópicas estão se organizando para fornecer ajuda às vítimas. Saiba como ajudar as pessoas atingidas pelo ciclone:
ONU: Um comitê internacional de ajuda humanitária a crises está aceitando doações para fornecer alimentos, medicamentos e abrigo para os três países atingidos.
Médicos sem Fronteiras: O fundo de emergência da organização humanitária está recebendo doações em dinheiro para arcar com equipamentos como filtro de transfusão, soro e purificadores de água.
Caritas: A organização católica internacional está aceitando doações de dinheiro através da internet para custear alimentos, medicamentos, abrigo e outros itens de ajuda humanitária.
Save the Children: Com o objetivo de ajudar as crianças, a organização coleta ajuda para o desastre causado pelo ciclone.
Oxfam: Conhecida por ser uma entidade internacional de combate à pobreza, a Oxfam está na região afetada e procura assegurar aos sobreviventes acesso à água tratada e comida. O objetivo é ajudar 500 mil pessoas.
Comitê Judaico-Americano de Distribuição Conjunta: A organização filantrópica judaica dos EUA aceita doações em reais brasileiros para reforçar a ajuda com itens médicos aos países atingidos pelo ciclone.
ActionAid: Neste momento, as necessidades mais imediatas incluem água potável, alimentos, combustível, kits de higiene, mosquiteiros, barracas e outros suprimentos. O fundo de emergência recebe doações em dinheiro, no valor mínimo de R$ 35. A meta é arrecadar R$ 50 mil.
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