Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Qual a relação entre chuvas, enchentes e o aquecimento global?

Novo estudo sugere que é preciso ir além da temperatura para medir impacto nos trópicos

Por Da Redação
Atualizado em 4 fev 2022, 15h47 - Publicado em 4 fev 2022, 15h39
Aumento do gás carbônico contribui em cerca de 64% para o aquecimento global
 (Minden Pictures/Latinstock/VEJA/Veja São Paulo)
Continua após publicidade

Você já sentiu que as chuvas são cada vez mais frequentes e intensas? Enchentes como as ocorridas na última semana em São Paulo, e em dezembro na Bahia e Minas Gerais, parecem dominar as manchetes em intervalos cada vez menores – e pode existir uma relação entre este tipo de fenômeno e o aquecimento global.

Ele, aliás, talvez nem deva ser medido apenas em graus: de acordo com um novo estudo realizado por cientistas americanos e chineses, publicado na última segunda-feira na revista científica Proceedings of the National Academy os Sciences, é preciso ir além do calor e considerar também a umidade.

Em suas conclusões, os pesquisadores afirmam que a temperatura por si só não seria suficiente para medir as recentes variações do clima e o verdadeiro impacto do aquecimento nos trópicos. Por enquanto, medimos o aquecimento global em termos de temperatura – mas, ao adicionar a energia da umidade, extremos como ondas de calor e chuvas fortes se correlacionam muito melhor.

Quando a temperatura aumenta, o ar retém mais umidade, quase 7% para cada grau Celsius. Quando essa umidade se condensa, libera calor ou energia. “É por isso que quando chove, agora, são tempestades”, disse à agência Associated Press, V. “Ram” Ramanathan, cientista climático da Universidade da Califórnia em San Diego e da Universidade Cornell, envolvido no estudo, conforme noticiado pela Veja.

Quando olhamos apenas para a temperatura, o aquecimento global parece mais pronunciado na América do Norte, nas latitudes médias e nos polos, e menor os trópicos. Mas isso, de acordo com os especialistas, é um engano, já que a alta umidade que existe neles aumenta a atividade de tempestades.

Continua após a publicidade

Chuvas mais fortes e frequentes

No último IPCC, Painel Intergovernamental de Mudança do Clima da ONU, ficou claro que as fortes chuvas no mundo já são 0,3% mais frequentes e 6,7% mais intensas. Se a temperatura aumentar em 4°C – um cenário extremo, é claro, mas não impossível – a precipitação pode se tornar 30,2% maior. A frequência, que tem como média global uma chuva forte por década – pode quase triplicar, chegando a 2,7 ocorrências. Neste cenário já complicado, cobrar mudanças, apostar em uma cooperação global para redução dos gases do efeito estufa e adotar modos de vida mais sustentáveis nunca se fez tão necessário.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

a partir de 10,99/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.