A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, cobrou, nesta quarta-feira (5), um esclarecimento sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco. A carioca e seu motorista, Anderson Gomes, foram mortos a tiros no dia 14 de março.
Na abertura do 2º Seminário Internacional Brasil-União Europeia, que discute sobre a prevenção da violência doméstica contra a mulher, Raquel Dodge afirmou que Marielle “emprestou a sua voz em favor de populações mais excluídas e seu assassinato é uma expressão da violência contra a mulher, contra a mulher negra que quer ocupar espaço de poder no nosso país e, portanto, necessita ser o quanto antes esclarecido”.
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As investigações sobre os assassinatos estão sendo conduzidas pela Delegacia de Homicídios do Rio e pelo Ministério Público do Estado. No entanto, a pedido de Dodge, a Polícia Federal também abriu um inquérito para apurar o envolvimento de agentes públicos e milicianos que estariam impedindo a apuração do crime. A Anistia Internacional reivindicou a criação de um mecanismo independente para monitorar as investigações.
Raul Jungmann, ministro da Segurança Pública, disse no dia 23 de novembro que tem certeza que políticos poderosos, agentes públicos e milicianos estão envolvidos no assassinato da vereadora. O secretário de Segurança Pública do Rio, Richard Nunes, espera que o caso seja solucionado em 31 de dezembro.
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