Morreu nesta quinta-feira, 8 de setembro, Elizabeth II, até então atual rainha do Reino Unido. A monarca tinha 96 anos e estava sob supervisão médica em uma de suas propriedades favoritas, o Castelo de Balmoral, na Escócia. “A rainha morreu pacificamente em Balmoral nesta tarde. O rei e a rainha consortes permanecerão no local esta noite e retornarão a Londres amanha”, diz o comunicado oficial do Palácio de Buckingham.
Segundo comunicado oficial divulgado pelo Palácio de Buckingham nesta quinta, os médicos de Elizabeth II estavam preocupados com sua saúde e haviam recomendado que ela permanecesse sob supervisão médica. A rainha permanece confortável e em Balmoral”, declarou o Palácio de Buckingham em comunicado. Com a notícia de sua saúde debilitada, filhos e netos da rainha viajaram até o palácio.
O anúncio da viagem de Harry e Meghan ao encontro da matriarca aumentou a preocupação provocada pelo comunicado de Buckingham, considerando os últimos relatos sobre a relação conflituosa do casal com a família real britânica.
No último dia 6, Elizabeth II chegou a empossar a nova primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, na propriedade, algo nunca ocorrido antes. Habitualmente, a rainha sempre fez esse ritual no Palácio de Buckingham, mas, por problemas de saúde, escolheu permanecer em Balmoral.
Agora, se espera que o Príncipe Charles assuma o trono na sexta-feira, quando se reunirá o conselho que o proclamará como o novo rei. No mesmo dia, o primeiro-ministro irá ao Palácio de Buckingham para se encontrar com ele e, logo em seguida, o monarca recém empossado fará uma viagem de 10 dias pelo Reino Unido.
A perda do marido, o príncipe Philip
Em abril de 2021, a rainha perdeu seu grande companheiro de vida, príncipe Philip, com quem foi casada por 73 anos.
Em seu aniversário de 95 anos, pouco tempo depois da morte de Philip, Elizabeth II falou que ficou “profundamente tocada” com todas as homenagens a seu marido, o príncipe Philip. “Apesar de ser um momento de grande tristeza na minha família, foi muito reconfortante para todos nós ver e ouvir tantas homenagens ao meu marido no Reino Unido, na comunidade Commonwealth e ao redor do mundo”, continua a carta.
Operação London Bridge: o que acontece agora?
Os planos oficiais da realeza após a morte da rainha estão organizados desde 1960, quando foi criada a Operação London Bridge, inicialmente compartilhada com poucas pessoas, mas que acabou se tornando pública em 2021. O plano prevê que todas as bandeiras dos palácios deverão ficar a meio-mastro e as atividades governamentais ficarão suspensas por dez dias, exceto atividades essenciais. Como a matriarca da família real faleceu na Escócia, fora do Palácio de Buckingham, um carro da família real fará o transporte do seu corpo de volta à residência principal da monarca.
Depois de comunicadas todas as autoridades, espera-se que o Príncipe Charles, herdeiro da Coroa, faça o seu primeiro discurso oficial como rei na sexta-feira (9), e então viaje pelo Reino Unido durante dez dias, passando pela Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales, enquanto o cadáver da rainha permanecerá em Buckingham.
No quinto dia do tour, o corpo de Elizabeth II será transferido para o Palácio de Westminster, para que a população possa prestar homenagens durante os próximos três dias. Um memorial público vai acontecer na capela de São George, no Castelo de Windsor, e será televisionado. O funeral está planejado para ocorrer entre 10 e 12 dias após a morte, e a rainha será enterrada na capela memorial Rei George VI. O caixão ficará ao lado de onde está enterrado o duque Philip, seus pais e sua irmã, princesa Margaret.
O site da família real será substituído por uma única página preta, com um breve texto confirmando a morte da rainha, e as redes sociais oficiais permanecerão sem novas postagens. Os sites governamentais exibirão um banner preto em homenagem à monarca. Quase que imediatamente, as novas notas e moedas com a imagem do novo Rei, Charles (que poderá manter seu nome ou optar por outro para seu título oficial), começarão a ser produzidas, substituindo aos poucos as atuais que levam o rosto da rainha. O mesmo deverá ser feito com passaportes britânicos. A cerimônia de coroação do novo rei, no entanto, não deve acontecer antes de a morte da monarca completar um ano.