Brenda Lee é a homenageada do Google nesta terça-feira (29), o Dia da Visibilidade Trans. Brenda foi uma militante transexual brasileira, pioneira na luta contra a AIDS, e completaria 71 anos em 10 de janeiro.
A militante criou, em 1986, a Casa de Apoio Brenda Lee, no centro de São Paulo, com o objetivo de acolher e dar assistência médica, social, moral e material às pessoas com HIV.
Nascida como Cícero Caetano Leonardo, em Bodocó, Pernambuco, Brenda Lee foi morar no bairro do Bixiga, na capital paulista, ainda aos 14 anos. Na residência, ela abrigou um portador do vírus HIV, em 1984, época que havia pouca informação em relação à doença.
Com esforço, ela conseguiu firmar uma parceria com a Secretaria de Estado de Saúde do Estado de São Paulo em 1988 para acolher portadores do vírus.
Brenda não conseguiu lutar muito mais pela causa. Ela foi assassinada a tiros no dia 28 de maio de 1996 aos 48 anos.
Os irmãos Gilmar Dantas Felismino, ex-funcionário de Brenda, e José Rogério de Araújo Felismino foram presos pela polícia acusados pelo crime. O motivo, descoberto depois, teria sido um golpe financeiro sem sucesso que o funcionário tentou dar na ativista.
Em homenagem à Brenda, foi instituído, em 2008, o Prêmio Brenda Lee, concedido quinquenalmente em razão das comemorações do Dia Mundial de Combate à Aids e ao aniversário do Programa Estadual DST/AIDS do Estado de São Paulo.
Após seu assassinato, o espaço criado foi vendido e se tornou uma organização não governamental, que passou a oferecer cursos. Reaberta em 2016, a Casa de Apoio Brenda Lee retomou sua vocação original.
Dentre os serviços oferecidos pelo lugar estão acolhimento, atividades e engajamento social com treinamento de liderança, comunidade e defesas, psicólogos, jurídicos e educação.
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