Câncer é uma palavra que assusta e causa afastamento quando não estamos defronte à doença – o que dificulta a construção de uma cultura de prevenção que seja realmente efetiva. O ‘MAMA’, projeto fundado por Júlia Presotto, tem encarado esse desafio com uma proposta de suavidade que aproxima as mulheres de informações importantes sobre o câncer de mama.
“Nós sabemos que os determinantes sociais de saúde têm um impacto significativo também na prevenção. Mas todas nós, sem exceção, devemos buscá-la”, defende.
Ao lado de especialistas, Júlia é uma das organizadoras do manual “Culturas da prevenção do câncer de mama”, que será lançado na Casa Clã MAMA. O evento, que conta com a curadoria de CLAUDIA e VEJA SAÚDE, acontece no dia 04 de outubro, em São Paulo.
“Nossa parceria para a divulgação desta iniciativa é fundamental para fazer com que todo esse conhecimento, hoje circunscrito nos universos médico, científico e acadêmico, se transforme em ferramenta de conscientização, prevenção e cura”, afirma.
Para a mastologista Fabiana Makdissi, supervisora técnica do manual, é fundamental que a conversa sobre cultura de prevenção não seja sobre inserir um sentimento de culpa nas mulheres.
“Não queremos passar para todas uma obrigatoriedade e dizer que se você não fizer isso, vai ter câncer. Mas é importante que você conheça quais as ações e atitudes que, no dia a dia, pode aplicar para cuidar de você mesma, para além da necessidade de um remédio, um médico ou um tratamento”, afirma.
Prevenção como hábito
Dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer) mostram que apenas 1 em cada 10 casos de câncer de mama tem como causa mutações genéticas hereditárias, o que significa que os outros 9 podem ser provocados por uma variável de circunstâncias.
“Alguns fatores que podemos controlar, como exercícios, alimentação, outros que estão fora do nosso controle, como a idade, e outros ainda são desconhecidos. Isso significa que, ao mudar os hábitos de vida, é possível reduzir as chances de ter câncer de mama”, afirma Gustavo Werutsky, oncologista e head científico do MAMA.
Uma rotina aliada ao bem-estar e cuidados com a saúde pode possibilitar uma perspectiva de futuro em que o câncer de mama não esteja presente. Para isso, Lucie Alessi, co-fundadora do MAMA, defende como importante que a conversa sobre o assunto seja acolhedora e esteja disponível a todas.
“Nossa luta é por garantir que todos possam fazer escolhas conscientes sobre sua saúde. O manual é nossa contribuição social, uma ferramenta de cuidado, autocuidado e prevenção acessível a todos”, afirma.
Como participar da Casa Clã MAMA
A participação na Casa Clã MAMA é totalmente gratuita – mais informações em breve.
O encontro acontece no dia 04 de outubro, a partir das 08h00, no Casarão Higienópolis, localizado na Avenida Higienópolis, 758, em São Paulo. A programação segue até às 18h30.
Confira a programação completa da Casa Clã MAMA.