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Professor queniano ganha ‘Nobel da Educação’

A brasileira Débora Garofalo estava entre as finalistas

Por Da Redação
Atualizado em 18 fev 2020, 10h31 - Publicado em 24 mar 2019, 19h08
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  • Peter Tabichi foi escolhido “melhor professor do ano” e levou para casa US$ 1 milhão. Seu trabalho de ensinar ciências em uma região remota do Quênia para alunos de diversas etnias e religiões foi reconhecido durante o Global Education and Skills Forum, realizado em Dubai, nos Emirados Árabes.

    Ao subir no palco para agradecer o prêmio, Tabichi se emocionou e afirmou que acredita que o poder da ciência pode mudar a África. “Esse prêmio não é um reconhecimento a mim, mas sim aos jovens desse grande continente que é a África. O Global Teacher Prize diz a eles que eles podem fazer qualquer coisa. O dia é uma criança e há uma nova página a ser escrita. É a hora da África”, disse ele em seu discurso.

    O queniano tem 36 anos e doa 80% de seu salário para ajudar famílias mais pobres. Um terço de seus alunos é órfã e 95% deles tem origem muito pobre. Suas turmas possuem cerca de 58 alunos e sua escola tem apenas um computador com conexão de internet de baixíssima qualidade.

    Os alunos de Tabichi criaram um dispositivo que ajuda pessoas cegas e surdas a medirem objetos e se classificarem para a feira internacional de ciências e engenharia, promovida pela Intel.

    Além de Peter, outra pessoa que fez história no evento foi a professora brasileira Débora Garofalo, que ficou no top 10. Débora, que foi finalista do Prêmio CLAUDIA 2018, ensina robótica na escola Ary Parreiras, na periferia de São Paulo.

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    Após a divulgação do resultado, Débora mostrou não ter ficado abalada. Em entrevista ao G1, ela afirmou que tem planos de levar o seu trabalho para mais escolas não só pelo Brasil, mas por todo o mundo.

    “Recebi uma mensagem do Vaticano, do papa Francisco, querendo implementar e levar nosso trabalho adiante. Então não tem motivo para ficar triste. Estou muito feliz”, disse a brasileira.

    O Global Teacher Prize é considerado o Nobel da Educação e é realizado há cinco anos pela Varkey Foundation, organização sem fins lucrativos criada para promover a educação. No total, foram mais de 30 mil professores inscritos, dos quais 50 foram pré-selecionados para a semifinal e apenas 10 foram a Dubai para a final.

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