O príncipe Andrew foi intimado a comparecer em uma videoconferência do Tribunal de Justiça de Nova York nesta segunda-feira (13) para responder pelas acusações de abuso sexual, processo movido por Virgina Roberts Giuffre, uma das vítimas aliciadas por Jeffrey Epstein.
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Segunda a revista norte-americana People e os registros divulgados pelo tribunal na última sexta-feira (10), o filho da rainha Elizabeth II teria recebido a intimação no dia 27 de agosto na sua residência, em Windsor.
Virgina Giuffre, a autora da denúncia, acusa o membro real de forçá-la a fazer sexo três vezes entre o período de 1999 e 2002. De acordo com as alegações, a vítima teria sido entregue a Andrew a fim para manter relações sexuais quando ainda era menor de idade. O norte-americano Jeffrey Epstein, acusado de tráfico sexual de menores que suicidou em um presídio de Nova York em 2019, é quem teria sido a ponte entre os dois.
Ainda de acordo com o apontado pela vítima, as cidades de Londres e Nova York e uma ilha caribenha privada, que era propriedade de Epstein, teriam sido os locais dos abusos.
Aos 61 anos, o príncipe, que está afastado de suas obrigações reais desde 2019 em decorrência das denúncia de participação no esquema ilícito de Epstein, nega as acusações feitas por Giuffre e garantiu que não a conhece.
Em declaração à People, a vítima compartilhou alguns detalhes do processo, que foi aberto com base na Lei de Vítimas de Crianças.
“Conforme o processo mostra em detalhes, eu fui traficada para ele e abusada sexualmente por ele”, disse Virginia.
“Estou responsabilizando o Príncipe Andrew pelo que ele fez comigo. Os poderosos e ricos não estão isentos de serem responsabilizados por suas ações. Espero que outras vítimas vejam que é possível não viver em silêncio e medo, mas sim reclamar a vida falando e exigindo justiça”, afirmou a vítima.
“Eu sei que essa ação me sujeitará a novos ataques do príncipe Andrew e seus substitutos, mas eu sabia que se eu não prosseguisse com essa ação, eu estaria decepcionando eles [minha família] e as vítimas em todos os lugares”, finalizou.
Agora, com a ação civil sendo movida, o príncipe Andrew poderá ser interrogado sob juramento e, se solicitado, terá que entregar textos, e-mails e cartas particulares relacionadas ao caso, ainda que à força.