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Participantes do assassinato de Marielle são identificados, diz secretário

Richard Nunes espera entregar o caso resolvido em 31 de dezembro, quando termina o período de intervenção militar no Rio

Por Da Redação
22 nov 2018, 19h10
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  • A Polícia Civil já identificou alguns participantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Pedro Gomes, afirmou o secretário de Segurança Pública do Rio, Richard Nunes. O crime aconteceu no dia 14 de março.

    De acordo com Nunes, ainda não houve prisão porque se algum envolvido for preso é possível que os outros escapem. Ele quer levar o inquérito à Justiça com um conjunto de provas para dificultar que os acusados escapem de uma condenação pelo júri.

    O secretário espera que o caso seja solucionado em 31 de dezembro, quando acaba o período de intervenção militar na cidade. Ele foi nomeado pelo general da ativa e interventor Walter Braga Netto. 

    “Esperamos que [vamos concluir o inquérito em 31 de dezembro] sim. Não podemos ser precipitados. No momento que prende um, não prende os demais. Alguns participantes nós temos. Temos que criar uma narrativa consistente com provas cabais que não sejam contestadas em juízo. Seria um fracasso que a sociedade não observasse essas pessoas como criminosas e elas não fossem condenadas no tribunal do júri”, afirmou Nunes em entrevista à Globonews.

    O secretário confirmou também a suspeita do envolvimento de milicianos no crime. “Não é um crime de ódio. É um crime que tem a ver com a atuação política e a contrariedade de alguns interesses. Se a milícia não está a mando, está na execução.” Marielle Franco era militante dos Direitos Humanos. 

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    Proibição

    A entrevista concedida acontece no momento em que a TV Globo foi proibida pela Justiça de divulgar o conteúdo de qualquer parte do inquérito policial que apura os assassinatos da vereadora e do motorista

    Na sentença, o juiz Gustavo Gomes Kalil, da Quarta Vara Criminal do Rio de Janeiro, diz que “o vazamento do conteúdo dos autos é deveras prejudicial, pois expõe dados pessoais das testemunhas, assim como prejudica o bom andamento das investigações, obstaculizando e retardando a elucidação dos crimes hediondos em análise”.

    A emissora afirmou que irá obedecer à determinação, mas que, “por considerá-la excessiva, vai recorrer da decisão, porque ela fere gravemente a liberdade de imprensa e o direito de o público se informar, especialmente quando se leva em conta que o crime investigado no inquérito é de alto interesse público, no Brasil e no exterior”.

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