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Ex-namorada de Jeffrey Epstein é presa em Nova York

Ghislaine Maxwell é apontada pelas sobreviventes como principal sócia do pedófilo americano no esquema de tráfico sexual

Por Ana Claudia Paixão
Atualizado em 6 jul 2020, 18h00 - Publicado em 2 jul 2020, 11h54
Jeffrey Epstein e Ghislaine Maxwell, em 2005  (Joe Schildhorn/Patrick McMullan via Getty Images/Getty Images)
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Ghislaine Maxwell, parceira do pedófilo milionário Jeffrey Epstein, foi presa hoje (2), nos Estados Unidos, acusada por participar de uma operação internacional de tráfico sexual. Segundo a polícia americana, ela estava em New Hampshire, um estado perto de Nova York, onde milionários costumam manter mansões de verão.

A prisão de Ghislaine aconteceu quase um ano depois da denúncia contra Epstein por exploração sexual de menores. Epstein, que foi preso no final do ano passado, foi encontrado morto em sua cela antes de ir a julgamento.

Na série documental da Netflix sobre o pedófilo, Jeffrey Epstein: Poder e Perversão, Ghislaine é apontada pelas sobreviventes como sócia e aliciadora de menores, tendo participado ativamente dos abusos contra meninas com idades que variavam de 14 a 18 anos. Os crimes foram reportados antes do final dos anos 1990, mas apenas nos anos 2000 a rede criminosa começou a ser realmente exposta.

Ghislaine Maxwell
(Paul Zimmerman/WireImage/Getty Images)
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Ghislaine, que foi namorada de Epstein, é herdeira de Robert Maxwell, magnata inglês que foi membro do parlamento britânico e dono do jornal The Mirror. Graças às conexões de Ghislaine, Epstein circulava no mais alto círculo social, incluindo amigos como Sarah Ferguson e o príncipe Andrew (também acusado de participar dos abusos contra menores). Era ela quem “ensinava” às meninas como ter relações com Epstein e as “distribuíam” entre os amigos do casal.

Por conta de um acordo feito por Epstein quando foi preso pela primeira vez, na Flórida, Ghislaine escapou das acusações iniciais e estava livre. As sobreviventes lutam na justiça para incluí-la nas investigações sobre a rede de exploração sexual que seguem apesar da morte de Epstein.

Em junho, a diretora do documentário, Lisa Bryant, conversou exclusivamente com CLAUDIA sobre o caso e a importância da prisão de Ghislaine, na época ainda desaparecida. “Há co-conspiradores que estão em liberdade e eles facilitaram esse comportamento horroroso, participaram do esquema”, ela disse.

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Ghislaine é acusada de perjúrio – mentir em juramento – sobre seu envolvimento no esquema. Mais informações sobre a prisão serão divulgadas ainda hoje.

 

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