Papa Francisco voltou suas orações, nesta segunda-feira (13), para as vítimas de violência doméstica e para as mulheres que estão ajudando outras pessoas durante a pandemia do novo coronavírus, como médicas, enfermeiras e policiais. A reza fez parte de uma oração especial chamada Regina Caeli.
“Hoje quero lembrar o quanto as mulheres fazem para cuidar das outras, especialmente durante esta emergência de saúde”, disse o papa. “Mulheres médicas, enfermeiras, policias e guardas prisionais, aquelas que trabalham em lojas que fornecem itens essenciais”, completou.
O pontífice ainda orou pelas mulheres que estão em isolamento social com suas famílias e mencionou as vítimas de violência doméstica. “Às vezes, elas correm risco de violência devido a uma situação de vida que é muito pesada para elas”, afirmou.
“Vamos orar por elas, para que o Senhor lhes dê forças e que nossas comunidades possam ajudá-las, juntamente com suas famílias (…) Que o Senhor nos dê a coragem das mulheres para seguir em frente”, finalizou.
No Rio de Janeiro, em apenas uma semana de isolamento, as denúncias de violência doméstica aumentaram 50%. Apesar do número preocupar as autoridades da área, o padrão era esperado. Durante a quarentena, China e Itália também tiveram médias elevadas. “Num isolamento, sobem as tensões familiares”, explica Mafoane Odara, gerente do Instituto Avon, que combate a violência contra a mulher e promove o empoderamento feminino.
Além do medo da situação inédita, há ainda o acúmulo de tarefas, com o home office e afazeres domésticos. Tudo isso, somado às preocupações financeiras e angústias acerca do momento vivido, pode acender conflitos e, consequentemente, gerar violência. Em CLAUDIA, você confere uma entrevista com Mafoane Odara, que fala sobre as atitudes que devem ser tomadas em tempos de isolamento social.
Em tempos de isolamento, não se cobre tanto a ser produtiva: