Quando tinha apenas 11 anos, o britânico Daniel Dowling foi obrigado pelo pai a fazer sexo com a própria madrasta para que ‘não se tornasse gay’. Ele também foi submetido a pornografia.
Daniel, hoje com 36 anos, relatou ao Sunday Mirror que tem sido assombrado pelas práticas durante vinte anos. Ele se tornou detetive e provou a culpa do pai, Richard Dowling, um ex-funcionário do Ministério da Defesa, e da madrasta, Annette Breakspear. Hoje ambos têm 62 anos, mas tinham 38 quando os abusos começaram.
De acordo com Daniel, ele passou a sofrer a violência em uma tarde de domingo quando o pai e a madrasta jogavam um jogo de tabuleiro. “Papai me disse que íamos tentar algo diferente – tirar a roupa sempre que alguém perdesse. No final do jogo, Annette estava completamente nua. Eles me instruíram a tocar e beijar os seios dela. Ele estava me incentivando a fazer isso, então achei que estivesse tudo bem. Eu acho que foi um teste de como eu iria reagir porque a relação sexual começou depois disso”.
Enquanto brincava, a mulher o chamava para tocá-la. O casal chegou até a sugerir que a criança praticasse sexo junto com os dois.
Após tentativas de denúncias, Daniel disse que fora ridicularizado por policias. Somente em 6 de setembro de 2015, quando conseguiu gravar o pai admitindo os abusos, é que foi levado a sério.
Durante o julgamento, o pai alegou que abusou do filho para “tentar leva-lo à direção certa” porque ele demonstrava tendências homossexuais. “Ele disse que fez isso para evitar que eu me tornasse gay porque eu tinha traços femininos”, revelou.
Homossexual, Daniel diz que, por ter sido sexualizado muito cedo, o ato sexual hoje não tem significado para ele e que não esquece da violência que sofreu durante a infância. “As poucas lembranças positivas da minha infância são manchadas pelo abuso. Quando eu sinto o cheiro do perfume dela ou vejo aquele jogo de tabuleiro em uma loja ou na TV, isso traz as lembranças de volta”, afirmou. “Eu não consigo superar isso”.
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