Com cinco irmãos, de família humilde, o atleta Isaquias Queiroz, de apenas 22 anos, jamais imaginava que chegaria tão longe. Na manhã deste sábado (20), o menino de Ubaitaba — um pequeno município baiano — tornou-se o maior brasileiro da Rio 2016: é dele o mérito de ter sido laureado com três medalhas apenas nesta primeira edição dos Jogos Olímpicos.
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O feito se equipara ao dos atiradores Guilherme Paraense e Afrânio Costa, durante as Olimpíadas de Antuérpia, em 1920, ao dos nadadores Gustavo Borges, em Atlanta, há 20 anos, e Cielo, em Pequim, em 2008. Assim como os quatro atletas brasileiros, Isaquias fez história e passa a integrar a seara de esportistas nacionais premiados com o maior número de pódios duplos. Mas o canoísta é o único a conquistar três medalhas em uma única edição dos Jogos Olímpicos.
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O jovem baiano, que já havia carregado em seu peito uma prata e um bronze, alcançou a segunda colocação na prova C2 1.000m de canoagem, ao lado de seu companheiro de remo, Erlon de Souza, ficando atrás apenas dos alemães Sebastian Brendel e Jan Vandrey.
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O desafio de enfrentar adversários igualmente capacitados, nas águas da Lagoa Rodrigo de Freitas, foi pequeno perto do árduo trabalho desenvolvido pelos canoístas, por vezes sem o patrocínio governamental adequado. A Bahia acordou orgulhosa por ter sido palco dos primeiros passos dos dois jovens de tamanho talento e capacidade.
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