A munição usada pelos criminosos que mataram a vereadora Marielle Franco (PSOL) pertence a lotes vendidos para a Polícia Federal de Brasília em dezembro de 2006. A arma era uma pistola 9 milímetros.
De acordo com a perícia da Divisão de Homicídios, o lote de munição (UZZ-18) é original, ou seja, não foi recarregada. As informações foram obtidas com exclusividade pelo jornal RJTV 1ª edição, da Rede Globo.
Opinião: Nenhuma Marielle a menos
A conclusão veio após a perícia realizada nesta quinta-feira (15). A partir de agora, polícias Civil e Federal iniciarão uma parceria para trabalhar no rastreamento. A investigação já localizou as notas fiscais da compra (número 220-821 e 220-822). Mesmo lote já havia sido usado em chacina em São Paulo, no ano de 2015.
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Em nota, a Polícia Federal prometeu analisar o caso. “Já foi instaurado inquérito para apurar a origem das munições e as circunstâncias envolvendo as cápsulas encontradas no local do crime”, afirma o comunicado.
ASSASSINATO DE MARIELLE FRANCO
O carro em que Marielle estava foi alvejado por 13 tiros. Nove atingiram a lataria, outros quatro a janela. A direção dos disparos indica premeditação.
Embora os vidros do carro em que estava a vereadora fossem cobertos por película escura, é muito provável que os criminosos soubessem a exata posição dela dentro do veículo.
Os tiros foram precisos e feitos para atingir quem estava no banco de trás – onde ela não costumava se sentar. A perícia identificou ainda que a arma usada no crime foi uma pistola 9 milímetros.