Segundo informações do Metro, jornal britânico, uma enfermeira deixou uma carta explicando que preferia a morte a ser estuprada “nas mãos dos animais do Exército sírio”. Logo depois, ela teria se matado.
O conteúdo da mensagem foi divulgado nas redes sociais por Abdullateef Khaled, trabalhador humanitário. No texto, ela diz “arder no fogo do inferno” não pode ser pior do que permanecer em na região. Esta seria uma reação desesperada pelo agravamento da situação em Alepo, capital da Síria.
Não foi o único. Charles Lister, especialista em conflitos na Síria e membro sênior do Middle East Institute, disse à NBC News que “maridos e esposas estavam tirando a vida uns dos outros em suicídios familiares”.
ENTENDA O CASO
A Síria é um país localizado no Oriente Médio que está em guerra civil desde 2011. Eles lutam por democracia, exigindo a saída de Bashar Al-Assad, um ditador está há mais de 13 anos no poder e recebeu o cargo de seu pai – que acumulou outros 30 no comando. O combustível para essa briga foi o virar de chave: ela deixou de ser política quando o governo atacou usando o exército. Diante disso, a oposição também se armou e a guerra eclodiu.
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Em meio a este cenário devastador, a ONU informa que o país contabiliza mais de 400 mil mortos e 4,5 milhões de pessoas obrigadas a fugir de suas casas. Em meio ataques aéreos e em terra, a população tenta sobreviver em cidades mergulhadas em caos absoluto.
Nesta quarta-feira (14), bombardeios em Alepo brecaram a retirada das sobreviventes em bairros dominados por rebeldes. Aparentemente, os insurgentes rejeitaram as novidades nas condições impostas pelo Irã para a manutenção do acordo de cessar fogo. Entre elas consta uma retirada simultânea de feridos de dois vilarejos cercados, Foua e Kefraya, que estão cercados por combatentes insurgentes, mas até o amanhecer ninguém havia saído.
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