Há mais de um ano, a makeup artist Sol Santos Rocha, estava na Casa 1- Centro de Cultura e Acolhimento LGBT, no bairro Bela Vista, quando ouviu gritos vindos do lado de fora. Ao lado de outras pessoas que estavam no local, ela saiu para ver o que estava acontecendo, quando se deparou com uma cena de dois policiais agredindo um homem, como disse ao Universa.
Quando ela pediu para os agentes pararem com a violência, um policial pediu para ver os seus documentos e tentou levá-la como testemunha para delegacia. Ao negar o ato do PM, a mulher foi arrastada para o outro lado da rua, sendo agredida fisicamente e verbalmente. Além disso, foi revistada por dois policiais homens, quando o protocolo era que a revista fosse feita por uma profissional.
Ela foi levada ao 78º Distrito Policial dos Jardins, em São Paulo, autuada por desacato à autoridade e por tentativa de favorecer a fuga de um homem, que segundo a mesma nem chegou a conhecer.
De acordo com sua advogada Vivian Marconi da Silva, caso seja condenada, Sol deverá pagar cestas básicas, um salário mínimo ou realizar serviços comunitários. Porém, é esperado por ela que as acusações sejam absolvidas.
No última segunda-feira (15), Sol usou as redes sociais para pedir ajuda e contar com as suas palavras tudo o que aconteceu naquele dia, inclusive o vídeo da ação dos PMs. Veja a seguir:
Segundo a makeup artist, a revelação só aconteceu agora, porque ela precisou se recuperar de crises de pânico. O local da agressão fica à frente da sua casa e do seu trabalho, o que teria sido mais um agravante para o estresse pós-traumático.
No boletim de ocorrência, os policiais rebateram as acusações da mulher dizendo que ela foi revistada por uma agente e que havia a suspeita dela ter colaborado com o suposto crime de roubo ao impedir a agressão da abordagem policial. De acordo com o documento, os agentes usaram uma “força moderada” para conter o homem.