Motorista da Uber estupra e marca rede social em corpo de jovem
Homem de 41 anos já tinha passagem pela polícia
Um homem de 41 anos que trabalhava como motorista da Uber foi preso por estuprar uma passageira. Ele ainda marcou seu endereço do Instagram no corpo da vítima de 22 anos. O caso aconteceu em Goiânia na última sexta (11).
De acordo com a Polícia Civil, a jovem estava embriagada e não conseguiu reagir à violência. Ela tinha deixado alguns amigos e estava a caminho de casa quando chamou o motorista. “A jovem disse que se lembra apenas de flashs, do motorista vestindo a roupa e mandando ela descer do carro na rua da casa dela”, disse a delegada Ana Elisa Gomes ao G1.
O homem manteve a moça no carro por três horas. A vítima procurou a Polícia Civil no dia seguinte para denunciar a violência. “Ela fez exames no IML que comprovaram o estupro. Além disso, o motorista anotou o Instagram dele na canela dela usando uma caneta”, relatou a delegada.
O criminoso, que irá responder por estupro de vulnerável porque a vítima estava embriagada, foi encaminhado até o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. O carro dele também foi apreendido.
Segundo a Polícia, ele tem passagens por contrabando e homicídio culposo no trânsito.
O que diz a Uber
Em nota, a Uber disse que “repudia qualquer tipo de comportamento abusivo contra mulheres e acredita na importância de combater, coibir e denunciar casos de assédio e violência”. A empresa diz ainda que o motorista foi afastado.
Abaixo, leia o posicionamento da empresa na íntegra:
“A Uber lamenta o crime terrível que foi cometido. Nenhum comportamento criminoso é tolerado e o motorista foi banido do aplicativo assim que a denúncia foi feita.
A Uber repudia qualquer tipo de comportamento abusivo contra mulheres e acredita na importância de combater, coibir e denunciar casos de assédio e violência. Nenhuma viagem com a plataforma é anônima e todas são registradas por GPS. Isso permite que, em caso de necessidade, nossa equipe especializada possa dar suporte às autoridades, sabendo quem foi o motorista parceiro e o usuário, seus históricos e qual o trajeto realizado, além de acionar seguro que cobre despesas médicas em caso de incidentes.
É importante esclarecer que todos os motoristas parceiros cadastrados na Uber passam por uma checagem de antecedentes criminais realizada por empresa especializada que, a partir dos documentos fornecidos para cadastramento na plataforma, consulta informações de diversos bancos de dados oficiais e públicos de todo o País em busca de registros de crimes ou infrações que possam ter sido cometidas. No caso específico, a empresa solicitou que uma rechecagem da verificação sobre o ex-motorista fosse feita, para entender o que pode ter ocorrido.
A empresa está à disposição para colaborar com as autoridades no curso da investigação ou de processos judiciais, nos termos da lei. Todavia, independentemente da gravidade do caso, a Uber só pode compartilhar dados respeitando a legislação aplicável, em especial o Marco Civil da Internet. O Marco Civil da Internet é a lei federal que regula qualquer tipo de compartilhamento de dados no Brasil e proíbe o compartilhamento de dados pessoais com terceiros, exceto nos casos expressamente previstos em lei.
A empresa defende que as mulheres têm o direito de ir e vir da maneira que quiserem e têm o direito de fazer isso em um ambiente seguro. Como parte desses esforços, em novembro a Uber anunciou um compromisso público para enfrentamento à violência contra a mulher no Brasil, materializado no investimento de R$ 1,55 milhões até 2020 em projetos elaborados ao longo dos últimos 18 meses em parceria com nove entidades que são referência no assunto: Associação Mulheres pela Paz, AzMina, Rede Feminista de Juristas (deFEMde), Força Meninas, Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Instituto Igarapé, Instituto Patrícia Galvão, Instituto Promundo e Plan International Brasil.”