Morre aos 87 anos Joan Didion, renomada escritora e jornalista
O ícone da literatura estadunidense e precursora do "novo jornalismo" morreu por complicações do mal de Parkinson
Nesta quinta-feira (23), Joan Didion, escritora e jornalista, morreu em sua casa em Manhattan em decorrência de complicações do mal de Parkinson. Ela é considerada um ícone da literatura norte-americana, que introduziu o “novo jornalismo” por meio de seus ensaios sobre a vida em Los Angeles.
“É fácil ver o início das coisas, e mais difícil ver o fim”, dizia a autora que faleceu aos 87 anos. Começou a jornada com a escrita na década de 1960, trazendo uma visão personalizada a sua narrativa.
Os anos 2000 foram trágicos para Joan, que perdeu o marido em 2005, vítima de um infarto, e teve que lidar com a morte de sua filha por pancreatite apenas um ano e meio depois.
A tragédia familiar inspirou duas obras literárias. Joan escreveu “O Ano do Pensamento Mágico”, que mergulha no processo de luto que passou após a morte do marido; e, após o falecimento de sua filha, ela publicou o livro “Noites Azuis”.
A escritora se formou em literatura inglesa na Universidade de Berkeley e trabalhou como editora assistente e ensaísta da Vogue entre os anos 1956 e 1964.
Em 2011, um documentário feito por Griffin Dunne, seu sobrinho, retratou a trajetória de Joan. Na época, a escritora estava com 83 anos e contou que decidiu escrever sobre o sofrimento “porque ninguém havia me explicado o que era”.