Na tarde desta terça-feira (20), Monica Tereza Benício, companheira da vereadora Marielle Franco, prestou depoimento na Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro. O objetivo da Polícia Civil é entender a motivação do crime, informou o deputado estadual Marcelo Freixo, amigo pessoal de Marielle há mais de dez anos, ao UOL. A vereadora e seu motorista Anderson Gomes foram assassinados na quarta-feira (14).
Leia mais: A viúva de Marielle
Além de Monica, uma assessora do PSOL – sem ser a que estava no carro no momento do crime – também foi ouvida. Ainda de acordo com Freixo, políticos do PSOL e familiares da vereadora também devem ser ouvidos ao longo da semana. Ele estava presente para acompanhar os depoimentos e conversar com os investigadores.
Ele informou que Monica “está muito abalada” com o assassinato e pediu para que ela seja preservada pela imprensa. “Nossa ansiedade é muito grandes e nossa angústia maior ainda”, disse Freixo sobre o desenrolar das investigações.
Leia também: Monica conta que se casaria no ano que vem com Marielle
“Esse caso precisa ser esclarecido porque coloca várias outras pessoas em risco. Quando se afronta a democracia, o Estado tem que responder por isso. A polícia tem noção disso. É hora de muito diálogo com os setores da polícia e tentar ter calma”, reforçou o deputado. “Há uma confiança [de que o crime será elucidado] entre amigos, equipe e investigação. O diálogo está sendo muito fraterno e cuidadoso. A gente não pode achar que o caso vai ser resolvido no tempo da nossa angústia.”
De acordo Freixo, há um consenso entre amigos, familiares e correligionários do partido de que Marielle nunca recebeu nenhuma ameaça.