Prestes a fazer sua estreia no Camarote Rio Praia, na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, a já musa da Grande Rio, Mileide Mihaile é pura alegria. Celebrando a vitória da mãe contra o câncer de útero e a sua mudança de Fortaleza para São Paulo, ela pondera sobre a data e acredita que, para além da festa, ela pode sim ser sinônimo de sororidade e empoderamento. “Vou dividir o posto de musa com a Mayara Lima, essa princesa que encantou todo o Brasil com o samba no pé, e atuar ao lado da rainha, Gracyanne Barbosa. Acho que o carnaval também é sobre isso, sobre a força e união das mulheres, exaltando a beleza e talento umas das outras. Nós sofremos com machismo diariamente, vítimas de misoginia e assédio constante. Eu sou mãe de um rapaz de 11 anos e eu não posso me deixar afetar por isso, justamente pela educação dele. Mostrar que a mãe dele e todas as mulheres são merecedoras do máximo respeito. É o clima que eu quero levar”, conta.
“Minha vida sempre foi muito exposta, em alguns momentos até escancarada. Isso carrega um lado positivo e outro bem negativo, e o autoconhecimento me ajuda a enxergar esses aspectos com clareza. Me encontro em metamorfose. Tenho muito que agradecer, tanto no pessoal quanto profissional, e ao mesmo tempo lotada de trabalhos. É uma pressão, que eu mesma me cobro. Quero ser um exemplo para o meu filho, uma inspiração para aquelas que me seguem e uma potência para mim mesma. A idade não me trás vontade de relaxar, pelo contrário. Me traz vivacidade”, explica.
Com a agenda lotada no período escolhido para celebrar o Carnaval – que precisou ser adiado por conta da pandemia de Covid-19 – a influencer pondera sobre o peso das escolhas que, para as mulheres, parecem tomar uma dimensão maior. “Escolhas estão presentes na vida de todo ser humano. Mas quando se é mulher, essas escolhas são mais implacáveis. São quase como sentenças. Se você fica com a sua família, é submissa. Se você trabalha, é uma péssima mãe. Não tem escolha certa. Seremos sempre culpadas pelos nossos desejos. E eu me recuso viver dessa forma. Eu aprendi isso com a minha mãe. Que sonhos são capazes e que se existe algum ser vivo capaz de lutar pela sua felicidade, é a mulher. O carnaval é um sonho pra mim, onde eu me torno a potência que busco ser.”