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Dois anos após sumiço, menino do Acre promove visitas a quarto misterioso

Bruno Borges decidiu abrir o espaço de forma gratuita para os interessados em conhecer sua obra

Por Da Redação
Atualizado em 17 fev 2020, 14h35 - Publicado em 12 ago 2019, 15h10
Quarto do menino do Acre
 (Reprodução/Arquivo pessoal)
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Talvez o nome Bruno Borges não lhe seja familiar, mas certamente você já ouviu o apelido “Menino do Acre”. Em 2017, ele virou notícia após desaparecer por cinco meses e então ressurgir como se nada tivesse acontecido.

Envolto em circunstâncias misteriosas e até hoje não esclarecidas, o desaparecimento ganhou ares de espetáculo viral, especialmente por causa da decoração peculiar do quarto do rapaz.

Quarto este que agora se encontra disponível para visitação guiada por ninguém menos que o próprio Bruno. “[Meu quarto] é uma obra de arte. Eu trabalhei durante anos dentro daquele quarto, várias vezes me isolei ali para criar. Fiz muitos jejuns e retiros ali dentro”, declara o jovem de 27 anos à BBC News Brasil. “É difícil não sentir uma energia ao entrar dentro dele.”

No tour, os visitantes podem ver de perto os desenhos e mensagens criptografadas pelo rapaz nas paredes, chão e teto, e até uma estátua do filósofo italiano Giordano Bruno.

Quarto do menino do Acre
(Reprodução/Arquivo pessoal)
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“Para visitar, basta entrar em contato comigo e marcamos um dia que seja bom para ambos. Não é preciso pagar nada. Em geral, uma vez por mês eu recebo visitas, a maioria de pessoas de fora [do País]. Já veio gente da Itália, inclusive”, afirma Bruno, que realiza os agendamentos por e-mail.

Apesar de afirmar que já não utiliza o espaço como dormitório, Bruno não revela se ainda vive na casa com os pais. Também mantém em sigilo seu paradeiro ou o que fez durante o período de sua ausência. Apenas diz que se manteve isolado da sociedade, sem contato com qualquer pessoa.

Acusado de montar um golpe de marketing para vender o livro publicado durante o período do desaparecimento, Bruno nega que tenha feito qualquer coisa visando obter lucros.

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Bruno Borges, o
(Reprodução/Arquivo pessoal)

“A mídia não se preocupou em averiguar a minha versão da história, e se precipitou considerando de imediato que eu era um interesseiro e farsante que queria apenas dinheiro, bem como as pessoas também me julgaram de forma totalmente equivocada”.

“Deixei para trás uma vida de conforto, pessoas que amo, e todos os valores que construí, passei fome e frio, tive que lidar com os demônios de minha mente, com o medo da morte, tudo para ficar rico com livros de filosofia?”, continua.

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“A verdade é que neguei a fama e o dinheiro. Ao retornar para a cidade, recebi mais de 100 propostas para comparecer em redes televisionadas e canais do Youtube. Também me ofereceram muito dinheiro para fazer propagandas. Eu não preciso de nada disso, minha maior riqueza é ter saúde e Deus no coração, só preciso disso e de mais nada”, afirmou ao site. 

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