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Menina escreve bilhete para a avó revelando que sofre abusos sexuais

"Ele faz igual ele faz com a mamãe"

Por Da Redação
6 out 2018, 15h14
 (Reprodução/Arquivo pessoal)
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Depois de receber um bilhete de sua neta de nove anos, uma avó denunciou o padrasto da menina por abuso sexual. A denúncia foi feita no Conselho Tutelar da Zona Leste de Manaus e o homem é suspeito de abusar da menor há três anos.

No bilhete, a menina pedia para morar com a avó e ainda relatava os estupros. “A mesma coisa que ele faz com a mamãe, também faz comigo”, escreveu a criança.

Segundo Iolene Oliveria, conselheira tutelar, o homem é casado com a mãe da menina desde que ela tinha três anos. “Ela até chama ele de pai. Quando ela tinha seis anos ele começou com os abusos mas ela nunca teve coragem de falar, o último estupro aconteceu quando eles estavam em Goiânia”, relatou.

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A conselheira conta que o padrasto levou a família para uma viagem de seis meses em Goiânia. No meio do passeio, a menina avisou a mãe que iria ajudar o padrasto a guardar o gado. Abusando dessa ocasião, o suspeito teria estuprado a enteada.

Em outros episódios, a menina teria contado para a mãe sobre os abusos, e essa, por sua vez, não tomou nenhuma providência. “Ela ficou sangrando, falou para a mãe e a mãe não disse nada. Levou a criança ao médico alegando que achava que era infecção urinária e não falou as outras coisas”, disse Iolene.

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Depois da viagem, a família passou a morar na casa da avó da menina – mãe do pai biológico dela. Nesse período, nenhum outro episódio de estupro aconteceu. Foi quando a mãe e o padrasto quiseram se mudar que a menina escreveu o bilhete.

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Ao G1, a conselheira conta que a menina já está morando com a avó há uma semana. O boletim de ocorrência foi registrado na segunda-feira, dia 1, na Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA).

Quando questionada sobre o caso, a delegada Joyce Coelho, titular da DEPCA, confirmou o registro da ocorrência e disse que os procedimentos iniciais já foram tomados.

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“Foi pedido exame de conjunção carnal e ela foi encaminhada para o Serviço de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual (SAVVIS). A gente trabalha primeiro com a saúde da criança, ela também vai passar pela psicóloga e após isso a gente vai iniciar as investigações”, afirmou a delegada ao G1.

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