Marielle Franco: O que as mulheres que estavam no ato têm a dizer
CLAUDIA conversou com algumas das manifestantes durante a marcha Contra o Genocídio Negro por Marielle Franco
Por Isabella D’Ercole, Isabella Marinelli, Anna Laura Moura, Clara Novais
Atualizado em 16 mar 2018, 00h25 - Publicado em 15 mar 2018, 22h41
A vereadora Marielle Franco, assassinada a tiros na quarta-feira (14), era uma voz poderosa na luta a favor das minorias. Ela fazia barulho e trabalhava em prol de quem não costuma ser escutado: mulheres, pessoas negras, moradores da periferia, pessoas LGBT.
Durante o ato Contra o Genocídio Negro por Marielle Franco, em São Paulo, realizado nesta quinta-feira (15) em solidariedade à vereadora e ao motorista Anderson Gomes, também assassinado na ocasião, conversamos com algumas mulheres presentes para ouvir o que as motivava estar ali. A resposta principal foi: para não calarem a voz e as lutas de Marielle.
Veja:
1/10 Luedji Luna, 30, "Tô aqui e tive uma noite muito difícil z muita reflexão, abalada com o que aconteceu. A Marielle é uma criatura que não conheço pessoalmente mas conheço a trajetória, uma de nós que denunciava o extermínio do povo negro. Uma voz que não se calava e teve a vida ceifada, eu fico com medo porque eu também busco não me silenciar diante dessa história, eu canto sobre isso, falo sobre isso, acho que é um debate que é necessário. Ao mesmo tempo que eu sinto essa necessidade de falar, eu sinto medo depois do que aconteceu. Eu fico mais reticente, mas a gente não se cala, a gente vai com medo mesmo. São anos e anos de história, nossos passos vem de longe. Não foi a primeira que morreu, mas também não será em vão, vai ser sempre lembrado e nós que ficamos vamos ser continuidade." (Anna Laura Moura/CLAUDIA)
2/10 Caroline Cecilie, 26 anos, "sem palavras, luto total, tentando transformar o luto em luta. Que a voz dela continue sendo ecoada por todos que acreditam nas mesmas bandeiras" (Anna Laura Moura/CLAUDIA)
3/10 Naomi Quirino, 20 anos. "Não foi nenhuma novidade isso que aconteceu, mas é sempre chocante quando mais uma mulher negra é morta. Eu acho que fico feliz pela mobilização que eu vi e as pessoas estarem falando sobre, mas mesmo assim tô desolada, foi um dia difícil. Não parei de pensar nisso, mas a gente não pode ter medo de continuar" (Anna Laura Moura/CLAUDIA)
4/10 Ana Cláudia Sanches Baptista, 29, "um momento de tristeza. A gente fica triste , mas a tristeza tem que ser transformada em luta. Falta palavras." (Anna Laura Moura/CLAUDIA)
5/10 Maria Vitória, 23, "Raiva. Ódio. Tristeza. Indignação. Sentindo uma perda muito grande, nojo de gente racista." (Anna Laura Moura/CLAUDIA)
6/10 Gabriela Francisco de Oliveira, 32 anos. “Eu vim protestar contra o estado de exceção que vem massacrando os povos negros, indígena e camponeses. Estamos caminhando para uma ditadura militar. Eles mostram que não estão se sentindo reprimidos – a ponto de matar uma figura pública”. (Isabella Marinelli/CLAUDIA)
7/10 Ana Ferreira, 24 anos: “Estou lutando a favor da vida das mulheres pretas que são as que mais sofrem na sociedade. A sociedade quer nos derrubar, nos escalar, nos deixar no chão. Mas não vamos permitir. A luta continua. Esse ato é pela Marielle e pelas pretas que morrem todos os dias” (Clara Novais/CLAUDIA)
8/10 Juliana Donato, 36 anos, veio com o filho Ian. “Tentaram calar a voz da Marielle e estamos aqui para falar por ela. Para nós manifestar contra o genocídio da população negra, contra a intervenção no Rio de Janeiro. Pra que não ocorram outros casos como o de Marielle” (Clara Novais/CLAUDIA)
10/10 Sarah Brito, 35 anos: “Estou aqui pra sair da inércia, para lutar. É hora de se unir apesar das diferenças de crenças políticas, econômicas, de qual tipo de feminismo você acredita” (Isabella Marinelli/CLAUDIA)
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