Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Super Black Friday: Assine a partir de 3,99

Marcia de Luca: A “geração da cabeça baixa” precisa arranjar tempo para reflexão

Com o advento dos smartphones as pessoas não têm mais um tempo calmo e de reflexão. A colunista de CLAUDIA, Marcia de Luca, fala sobre a "geração da cabeça baixa", que está sempre olhando para o celular.

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 27 out 2016, 21h36 - Publicado em 15 set 2014, 22h00
Marcia De Luca
Marcia De Luca (/)
Continua após publicidade

“E, quando uma brecha se abre no meio do dia, na fila do supermercado ou no trânsito parado, não aproveitamos: pegamos logo o celular.”
Foto: Getty Images

Uma das maiores reclamações da sociedade contemporânea é que estamos com a agenda hiperlotada, todas nós constantemente cheias de compromissos e afazeres. Não é à toa que, hoje, se indagamos “como vai?” a uma pessoa, a resposta é sempre algo como: “Ocupada”. “Ocupadíssima.” “Insanamente ocupada.” Ninguém mais está apenas bem… Quando não é no trabalho, as mulheres estão superatarefadas se exercitando na academia, levando os filhos para mil aulas e atividades ou fazendo qualquer outra coisa. 

Não existem mais momentos calmos para a reflexão. E, quando uma brecha se abre no meio do dia, na fila do supermercado ou no trânsito parado, não aproveitamos: pegamos logo o celular. Pesquisas investigam os benefícios de aquietar a mente, mas também o tamanho do desafio que é conseguir fazer isso nos dias atuais. As pessoas têm dificuldade em ficar consigo mesmas. Assim, mantêm-se sempre entretidas com algo, não importa quanto a falta de pausas seja nefasta. A nova geração é até chamada the heads down generation, expressão que se refere ao fato de a maioria estar indefinidamente com a cabeça para baixo olhando o smartphone, o tablet ou a tela de um laptop.

Como costumo dizer, nós, seres humanos, temos o instinto de rebanho. Gostamos de repetir o que todos fazem e de permanecer na manada. Se eventualmente ficamos sozinhos, é mais comum entrarmos em contato com o lado negativo da nossa vida, criando dramas sem fim. Embora nosso papel principal na vida seja solucionar os próprios problemas, e não perpetuá-los, seguimos um caminho tortuoso que resulta em tanta ruminação e tanta insônia. É que se forma um terrível círculo vicioso: como tendemos a pensar mais no lado ruim das coisas, preferimos nos ocupar permanentemente, em vez de nos permitirmos ficar à toa e acabar pensando… Entendeu o jogo da mente?

Continua após a publicidade

Na realidade, se não houver tempo para refletirmos sobre nossas questões, não poderemos resolvê-las, e elas continuarão nos assombrando como fantasmas. Por outro lado, uma mente capaz de se aquietar é mais criativa – até para arranjar soluções para os problemas. Estamos, porém, viciados em pressa e rapidez. Quanto mais ligeiro, melhor. A crença predominante é a de que pensar ou sentir não nos levará a lugar algum. Mas digo que é justamente o contrário. Se tentamos ignorar, evitar ou suprimir sentimentos e pensamentos negativos, fazemos com que eles adquiram ainda mais força. E acabamos ocupando demais a mente com tais questões, o que pode fazer mal, causando compulsões e obsessões, ansiedade, depressão e ataques de pânico. Sem falar de eczemas, episódios de asma, inflamações, baixas de imunidade e dores de cabeça.

Por tudo isso, organizo periodicamente workshops em paraísos que oferecem condições para desfrutar a integração com a natureza e o silêncio. Neles, mostro quanto é importante entrar em contato consigo mesma, falo do poder do ócio criativo e da reflexão, ensino a incorporar pausas milagrosas na rotina. O próximo será no último fim de semana deste mês, no Txai, um resort em Itacaré, na Bahia. Meu objetivo é oferecer a oportunidade de tentar algo novo: transformar o círculo vicioso da correria em um círculo virtuoso de paz, harmonia, alegria e amor! Você também pode bolar suas formas de alcançar o mesmo. Seu eu interior, sem dúvida, agradecerá!

Marcia de Luca: A "geração da cabeça baixa" precisa arranjar tempo para reflexão Márcia De Luca é especialista em ioga, meditação e ayurveda e uma das idealizadoras do movimento Yoga pela Paz. Em seus textos, tenta mostrar caminhos que integram corpo, mente e espírito.
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

SUPER BLACK FRIDAY

Digital Completo

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 3,99/mês
SUPER BLACK FRIDAY

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
De: R$ 26,90/mês
A partir de R$ 9,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$47,88, equivalente a R$3,99/mês.