Nesta sexta-feira (21), Andréia Freitas de Oliveira, 37, mãe de Gael de Freitas Nunes, se tornou ré pelo assassinato de seu filho de 3 anos em São Paulo. A decisão aconteceu após a Justiça acatar a denúncia do Ministério Público (MP). A realização de um exame de insanidade mental na mulher, que está em prisão preventiva, também foi determinada pela denúncia.
O crime aconteceu no último dia 10 de maio, no apartamento onde a criança morava com a mãe, a irmã mais velha e a tia-avó, no centro da capital. Como não há motivo aparente para o crime, testemunhas acreditam que a mãe teria passado por um surto psicótico antes de agredir o menino.
A acusação foi feita pelo promotor Neudival Mascarenhas, do 1° Tribunal do Júri. Andréia é ré por homicídio doloso – ou seja, com intenção de matar – qualificado por meio cruel contra descendente e criança. A denúncia do MP aponta que Gael morreu por asfixia após ser agredido na cabeça.
O laudo necroscópico apontou sinais de maus-tratos e mostrou que a criança teve o nariz e a boca tapados, além do pescoço apertado, possivelmente pela mãe. Segundo os médicos que atenderam Gael, ele também sofreu traumatismo e fratura no crânio.
Os gritos do garoto foram ouvidos pela tia-avó que o encontrou desacordado na cozinha do apartamento com sinais de agressão física e parada cardiorrespiratória. Gael chegou ao hospital de ambulância, mas não resistiu.
A assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que a Polícia Civil concluiu o inquérito na terça-feira (18), quando chegou à conclusão que “a responsável pelo crime foi a mãe da vítima”.
Ao G1, a defesa de Andréia afirmou que ela não assumiu ter cometido o crime e “não se lembra de nada” do que aconteceu. O advogado da suspeita, Fábio Gomes da Costa, disse que a acusação do MP já era esperada, ao contrário do exame de insanidade.
“Em relação ao exame de insanidade não concordamos por hora. […] Vou esperar a intimação pra me manifestar sobre ela”, falou Fábio ao veículo.
Desde o dia do crime, a suspeita está presa preventivamente na penitenciária de Tremembé, interior de São Paulo.