A norte-americana Cathy Terkanian tinha pouco mais de 17 anos quando engravidou, nos anos 70. Como não poderia cuidar da filha, levou-a para um centro de adoção logo após o nascimento. Após a entrega, a enfermeira sempre pensava em procurar a filha, mas resolveu esperar até que ela tivesse 15 anos para iniciar as buscas. “Não queria confundi-la, sempre fantasiei que ela tinha uma vida maravilhosa. Por isso, resolvi não procurá-la quando criança”, contou Cathy à People.
Ela só conseguiu mais informações sobre a filha em 2010, mas, infelizmente, não pôde encontrar Alexis – nome de batismo da menina. O serviço social alertou Cathy de que a menina, que não se chamava mais Alexis, mas não teve o nome revelado, estava desaparecida desde 1989, quando tinha 14 anos.
Como também não conseguiu descobrir os nomes dos pais adotivos da menina, Cathy e seu marido Edward começaram uma extensa busca pelo caso na internet. Logo conseguiram descobrir seu nome, Aundria Bowman, e mais detalhes do caso no site da polícia de Michigan. “Foi um choque, mas a partir daí começamos a ir cada vez mais fundo nas buscas”, disse a enfermeira.
Cathy e Edward descobriram que Aundria contou para algumas amigas da escola que havia sido abusada pelo pai, Dennis Bowman, que foi declarado culpado por um crime de assédio sexual contra uma menina de 19 anos. “Quando descobri isso, tinha certeza que ele era o culpado. Meu instinto dizia isso”, afirmou a mãe. Determinada a descobrir o que havia acontecido com a filha, contratou um detetive particular e imprimiu cartazes que distribuiu por toda a cidade.
O caso foi finalmente solucionado em novembro de 2019, mais de 30 anos depois do desaparecimento. Infelizmente o instinto de Cathy estava certo e o pai adotivo de Aundria, Dennis, confessou ter matado a filha. Ele, que é um oficial da marinha aposentado, assumiu que bateu na menina durante uma briga e, por isso, ela caiu da escada e quebrou o pescoço.
Em fevereiro, as autoridades encontraram os restos do corpo de Aundria no quintal de Dennis e ele agora responde pelos crimes de homicídio, abuso de menor e ocultação de cadáver. Em junho, ele foi condenado à prisão perpétua por estuprar e assassinar uma mulher de 25 anos também nos anos 80.
Agora, Cathy quer anular a adoção da filha biológica e mudar seu nome de volta para Alexis. “Ela será cremada e as cinzas ficarão na minha casa. Ela é minha filha e seu lugar é perto de mim. Assim, quando eu morrer e for enterrada, ela será enterrada comigo”, disse.
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