Madrasta confessa que deu cerveja à enteada de seis anos
Um vídeo do ocorrido viralizou na internet, gerando revolta
Uma mulher admitiu à polícia que deu cerveja para a enteada de seis anos beber, mas se defendeu dizendo que a menina “não bebeu em exagero”, tendo tomado apenas três goles da lata. O caso ocorreu em Bom Jesus de Goiás e se tornou público após um vídeo do momento em que a menina ingere a bebida ser postado na internet.
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Nas imagens produzidas pela própria madrasta, a mulher aparece cantando e oferecendo a cerveja para a criança. Em seguida, ela manda a menina virar o conteúdo da lata e comemora quando a garota obedece. “Vira, vira, vira… É isso aí, garota! Filha de peixe, peixinho é”, ela ri.
Em depoimento, a mulher, cuja identidade não foi revelada, contou que limpava a casa no sábado (10), na companhia da enteada, após o marido sair para trabalhar. Foi quando decidiu tomar uma cerveja, mas acabou “por beber demais e não teve controle sobre as coisas que estava fazendo”. De uma caixa de cerveja, apenas duas latas teriam sobrado.
Ela também disse que gravou o vídeo e o divulgou em um grupo de mensagens sem querer e que, após parar de beber, deu banho na menina e a colocou para dormir. Quando o marido chegou, contou o que havia acontecido e foi repreendida por ele.
A madrasta se disse muito arrependida e que foi a primeira vez que fez algo do tipo. Ela alegou cuidar da garota “com muita responsabilidade” e que a leva e busca na escola.
O pai da menina confirmou que soube de tudo ao chegar do trabalho, reforçou que a filha é bem tratada pela esposa e afirmou que vê a situação como um “deslize”. Ele ainda disse ter estranhado o fato de a companheira ter bebido, pois não é algo que acontece com frequência.
Segundo informações de Vinícius Penna, delegado responsável pelo caso, ao G1, o casal foi liberado após os depoimentos. O ocorrido se enquadra no artigo 243 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que prevê penas para quem fornece bebida alcoólica para menores. A garota está sob a guarda da avó paterna.
O caso também está sendo acompanhado pelo Conselho Tutelar. A conselheira Rosa Maria de Oliveira afirmou que ela e a colega Laudelina Rodrigues iniciaram uma busca pela garota em escolas locais assim que tiveram acesso ao vídeo, nesta segunda-feira (12).
“Quando a gente estava em uma escola, recebemos a ligação da secretária de uma outra escola de que a menina estava lá com a madrasta. Chegamos lá e conversamos com ela. Mas o clima estava tenso do lado de fora, porque algumas pessoas revoltadas queriam bater na mulher. Tivemos que pedir auxílio da PM” contou.
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