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Luiza Trajano, a empresária que abre caminhos para outras mulheres nos negócios

Presidente do Magazine Luiza, jurada e embaixadora de Negócios do Prêmio CLAUDIA 2015, Luiza Helena Trajano não faz o tipo que se conforma em ser uma mulher solitária no topo

Por Mariana Araújo
Atualizado em 28 out 2016, 03h25 - Publicado em 8 set 2015, 16h49
Luiz Maximiano
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“O empreendedor nunca deixa de empreender. A motivação vem do espírito. É uma vocação enxergar oportunidades em cada situação.” É desse jeito apaixonado que Luiza Helena Trajano, 63 anos, enxerga o trabalho. Hoje presidente do Magazine e de outras empresas pertencentes ao grupo, a jurada e embaixadora da categoria Negócios do prêmio CLAUDIA 2015 começou a dar expediente atrás dos balcões de loja fundada pela tia, com quem divide o nome, ainda aos 12 anos. “Aconteceu de forma natural, eu aparecia durante as férias escolares por vontade própria.”

Aos 18, ela já era parte dos quadros da empresa oficialmente, no turno da noite, para que cursasse direito durante o dia. Até os 40 anos, quando chegou à presidência, já havia passado por todos os cargos e departamentos. Se alguém conhece o Magazine Luiza, este alguém é Luiza Helena. E o administra de maneira sólida também. Sob o seu olhar cuidadoso, a empresa deu início em 2008 a um processo ambicioso de expansão no número de lojas. E, há 17 anos, figura nas listas de melhor empresa para se trabalhar no Brasil.

Para Luiza, pode até não haver segredos para o sucesso, mas o seu tem tudo a ver, sim, com ser mulher. “Uma administração moderna está alinhada com características permitidas às mulheres, como intuição e sensibilidade.” Ou seja, a falta de representatividade das mulheres em posições de poder da esfera dos negócios não é apenas um problema de igualdade, mas também é bad for business. “É preciso quebrar paradigmas, corrigir desigualdades.”

Para chegar lá, Luiza toma medidas para promover o poder feminino e estimular o crescimento do número de gerentes mulheres. Uma delas é o auxílio na recolocação profissional dos maridos, caso elas topem mudar para uma filial de outra cidade. “Sei que conhecer histórias de luta e dedicação assim inspiram outras mulheres, mostram a elas que também são capazes. Por isso, fiquei tão encantada quando fui indicada ao Prêmio CLAUDIA e agora, como jurada. O prêmio descobre mulheres que fazem acontecer em diversos setores e é preciso mostrar o Brasil que dá certo graças à atuação delas.”

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