Koo: conheça o app que é visto como substituto do Twitter
Casos constantes de escândalo preocupam os usuários, que procuram novas redes sociais
Nesta sexta-feira (18), o aplicativo Koo entrou para os assuntos do momento, depois dos usuários do Twitter procurarem alternativas ao passarinho azul. A crise da rede social sob gestão de Elon Musk, representada pelas demissões em massa da empresa, desencadeou uma série de críticas sobre o modelo de administração da companhia e, paralelamente, a busca por uma rede que contemple os mesmos serviços, mas que estivesse afastada dessas polêmicas.
Elon Musk havia enviado um e-mail na quarta-feira (16), em que informava que os funcionários deveriam aceitar uma “cultura extremamente dura” no trabalho, e caso não estivessem contentes com isso, poderiam abandonar seus cargos – foi o que muitos fizeram. Na última quinta-feira (17), os twitteiros levaram a #RIPTwitter para o pódio das trends, criticando a ação e procurando novas plataformas. O Twitter notificou que o fechamento dos escritórios deve ocorrer na segunda-feira (21).
O que é Koo?
O Koo, que apareceu como uma das soluções, é um app desenvolvido na Índia em 2020 que ganhou popularidade no país asiático nos períodos de tensão entre o governo indiano e o Twitter. O primeiro-ministro havia solicitado o bloqueio de contas supostamente incendiárias. Depois de aceitar o pedido, os perfis foram restaurados por “justificativa insuficiente”. O embate se tornou uma discussão sobre a liberdade de expressão e privacidade, mas também contemplou o assunto sobre regras digitais.
No pássaro amarelo, os usuários conseguem compartilhar suas experiências, por meio de um microblogging global, com um layout sem complicações. Ele está disponível para iOS, Android e na versão WEB, em mais de 100 países, em 10 idiomas diferentes, incluindo o inglês, e já conta com pelo menos 50 milhões de downloads.
A intenção, no início, era focar seus esforços em obter usuários que não falassem inglês na Índia. Mas as atividades se expandiram em 2021, quando a Nigéria suspendeu o Twitter. Embora as diretrizes proíbam explicitamente o discurso de ódio e conteúdo discriminatório ou ofensivo, acusam a Koo de ignorar postagens de ódio direcionadas aos muçulmanos. Outra crítica é que ela agiria a favor da propaganda do governo no poder.
Apesar de contar com similaridades significativas com a plataforma estadunidense, como limitação de caracteres, feed, Trending Topics, sugestões de pessoas para seguir, aba de explorar, menções e chat privado, possui diferenças: há a opção de publicar algo em vários idiomas simultaneamente e adicionar mais de uma foto de perfil, por exemplo. Curiosa? Acesse clicando aqui.