Hillary Clinton se posicionou firmemente contra os últimos comentários de Donald Trump sobre o aborto. Em uma série de entrevistas, ele disse que, exceto em casos de estupro, incesto e risco de vida da mãe, as mulheres que interrompessem a gravidez deveriam ser punidas.
Clinton começou devagar, dizendo que a forma como ele encara as coisas é “perigosa”. Afirmou ainda que esses processos fariam mulheres e médicos serem tratados como criminosos.
Quando questionada, então, se as falas de Trump seriam apenas uma maneira de chamar atenção, Hillary foi dura. “Pensar que essa questão não merece ter reações à altura demonstra o quão sério é esse problema. Isso afeta diretamente quem somos como mulheres, os tipos de direitos e escolhas que temos”, declarou. Garantiu ainda que o aborto deve ser tratado com tanta importância quanto as questões econômicas.
Nos Estados Unidos, o aborto foi legalizado em uma sessão da Suprema Corte há mais de 40 anos, mas a prática causa rupturas na política norte-americana há tempos. A rejeição da permissão é, por exemplo, uma questão central na plataforma da maioria dos políticos conservadores. Inclusive, em algumas localidades, como Indiana, Florida e Louisiana, mulheres têm encontrado dificuldade em acessar esse direito.
“Esse é um dos perigos que as mulheres reais em muitos estados estão enfrentando. Suas decisões de saúde estão sendo arrancadas, basicamente, por razões políticas partidárias. E Donald Trump está na ponta de lança deste assalto real sobre os direitos das mulheres”, finalizou Clinton.