O pastor Guilherme de Pádua, conhecido por ter assassinado a atriz Daniella Perez, têm frequentado manifestações pró-Bolsonaro, em Brasília, ao lado de sua esposa, a estilista Juliana Lacerda, apesar da recomendação de mantermos o isolamento social como prevenção da Covid-19.
Em seu perfil no Instagram, o ex-ator fez uma série de publicações a favor do presidente Jair Bolsonaro e criticando a imprensa. No último sábado (23), ele e sua esposa publicaram um vídeo em que protestam contra “políticos corruptos” em um ato pró-governo.
“Estamos aqui no Congresso Nacional, agora estamos indo ali pra manifestação, né, em prol do Brasil. É isso mesmo, gente, o Brasil precisa mudar. Esses políticos corruptos, esses esquemas de tetas públicas, que o pessoal só fica explorando o povo brasileiro e o dinheiro, e as melhorias não chegam nas mãos do povo, não chegam na vida do povo. Se Deus quiser o Brasil vai mudar, não é, meu amor?”, diz no vídeo.
Em outro trecho da gravação, Guilherme também critica a oposição. “Sabe o que mais me impressiona neste momento político que o Brasil está passando? O que mais me impressiona é que tem pessoas que estão torcendo para tudo dar errado, torcendo para o Brasil se afundar em uma crise, torcendo até para o vírus, para que ele mate mais pessoas ou para que ele cause mais danos ao país em geral”, aponta.
Após as publicações de seu perfil terem repercutido na mídia, o pastor deletou as postagens, incluindo o vídeo citado acima e as críticas à imprensa. Guilherme chegou, inclusive, a alterar o usuário de seu perfil, de @guilhermedepaduathomaz para @emoracaoatedeusmandar (Em oração até Deus mandar).
Veja o vídeo de Guilherme e Juliana na manifestação pró-Bolsonaro abaixo:
Guilherme de Pádua foi condenado, em 1992, por homicídio qualificado, junto com sua ex-mulher, pela morte da atriz Daniella Perez, filha da autora Gloria Perez. A jovem foi morta com 19 facadas, entre pescoço, coração e pulmões, sendo atirada em um matagal posteriormente. O então ator recebeu a pena de 19 anos e 6 meses de prisão, mas saiu da cadeia após 6 anos por bom comportamento. Hoje ele é pastor evangélico.
Manifestações pró-Bolsonaro e hostilidade à imprensa têm sido frequentes
Apesar da recomendação da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde de evitar aglomerações e respeitar o isolamento social como medida para conter a transmissão do coronavírus, atos pró-Bolsonaro têm sido frequentes em Brasília. Os apoiadores, assim como o presidente, criticam a imprensa, levando, inclusive, a atos hostis contra os jornalistas presentes em frente ao Palácio do Alvorada.
A Folha de S. Paulo e o Grupo Globo chegaram a anunciar a retirada de seus jornalistas da saída do local após o presidente afirmar que só falaria com os repórteres quando eles passassem “a falar a verdade”. Segundo os veículos, os ataques têm sido cada vez mais frequentes e mais agressivos. Apesar disso, a segurança no local foi reduzida.
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