Há um mês presa no Centro de Detenção Metropolitano do Brooklyn, Ghislaine Maxwell está isolada, sob vigilância para evitar o suicídio ou ataque de outras presas. O cuidado extra da Justiça americana é para evitar o mesmo destino suspeito de seu ex-namorado, Jeffrey Epstein, que primeiro apareceu ferido em uma cela, o que foi considerado como a primeira tentativa de suicídio. Poucas semanas depois, em uma distração da supervisão, ele foi encontrado morto por aparente enforcamento. Dessa forma, hoje Ghislaine não tem acesso a nada que possa ser usado para tirar sua própria vida ou ter contato com outras pessoas além dos advogados e guardas. Segundo sua defesa, ela não quer mais ficar separada das outras presas e oficialmente pediu para ser tratada sem privilégios.
“Como consequência do que aconteceu com o senhor Epstein, a senhoria Maxwell tem sido tratada pior do que outros detidos em mesmas circunstâncias, o que impacta significativamente sua habilidade de se preparar para sua defesa e estar pronta para o julgamento quando for marcado”, alegam os advogados.
O time que defende a empresária garante que ela não tem o menor risco de suicídio portanto não há necessidade de estar sob vigilância. Ghislaine insiste em sua inocência no processo de tráfico e abuso sexual de menores, liderado por ela e Epstein. Seu julgamento está marcado para 12 de julho de 2021.
Segundo a CNN, apenas de distante da data, Ghislaine passa o dia na cela se preparando para o julgamento. Os advogados pediram para que ela passe a ter acesso a um computador, mas para isso ela precisa estar junto das outras presas. Outro pedido dos advogados foi a quebra do sigilo da identidade das menores que acusam Ghislaine, para que a empresária possa buscar informações sobre elas e se defender.
A decisão da Justiça ainda não foi pronunciada.
Hoje também foram divulgadas pela imprensa fotos de Ghislaine Maxwell na ilha do Caribe de Epstein, onde está ao lado do dono das agências de modelos MC2 (em Miami) e Karin Models (em Paris), Jean-Luc Brunel. As fotos publicadas pelo The Sun são de 2003 e mostram os dois rindo e brincando. Brunel teria sido o amigo de Epstein que o teria “presenteado” com meninas francesas de 12 anos como presente de aniversário. Brunel, que está desaparecido desde 2019 e também é acusado de ter drogado e violentado menores. Segundo os documentos, ele frequentou a ilha onde aconteciam as orgias, mais de 20 ocasiões entre 1998 e 2005. Embora seu paradeiro seja desconhecido, os advogados dizem que ele – assim como Ghislaine – é inocente.